14 22 é uma empresa familiar sediada em Buenos Aires, fundada em 2002 depois de uma grande crise na história política e econômica do país, onde as novas políticas da época permitiram o desenvolvimento da indústria nacional. O grupo possui uma distribuidora de apetrechos de maconha que também atua no segmento de tabacaria, loja de cultivo, e em toda a indústria relacionada ao consumo e cultivo de maconha, além de terem algumas marcas.
Atualmente em seu portfólio estão: Cannamama; 4Hemp Rolling Papers; TOP Grinder; 14 22 Cerveja Beer and Weed; Smoke Life Style, de vestuário, o meio de comunicação, Industria Cannabis, onde é o diretor e apresentador do programa “La Mirada”.
Além disso, estão em lançamento dois projetos: um denominado “Aluga-se”, com nome em português, que visa alugar prensas para extração em Rosin e a Liga Nacional de Copas de Cannabis que visa profissionalizar e modelar as competições e os participantes das mesmas.
Já a Cannamama é uma empresa que produz, vende e assessora sobre os seus produtos, feitos com canabinóides como THC e CBD, mas também com CBN e CBG. Os produtos variam de óleos para uso medicinal até produtos de beleza e bem-estar de diversos tipos, como xampus, cremes e óleos de massagem, todos contendo extrato de cannabis.
“Não somos uma simples distribuidora, mas também um movimento de ação dentro da cultura da cannabis. Seja através de incentivos para empreendimentos canábicos, ou por meio de ações culturais e assessoria direta. Temos desenvolvido a cultura do trabalho em nosso país, mas sem nos afastar do ativismo e dos movimentos de mudança necessários nas leis ”, disse Leandro Ayala, diretor do grupo 14 22.
Os empreendimentos empregam 17 funcionários diretamente e faturam entre 10 e 11 milhões de pesos argentinos por mês. Seu catálogo já ultrapassa os 3.000 itens, tanto nacionais quanto importados. Para Ayala, o trabalho de quase vinte anos trouxe muitas conquistas não apenas para seu trabalho, mas também para o movimento canábico na Argentina.
Os avanços de Ayala: uma história que une ativismo e empreendedorismo
Com o passar dos anos, Leandro Ayala, fundador do grupo, tornou-se referência para muitas pessoas do meio. Ayala assumiu uma posição política e criou uma organização em 2019, a Confederação Canábica, da qual é o atual presidente na Argentina e que também inclui os seguintes países: Brasil, Colômbia, Chile, China, Espanha, México e Uruguai.
“O tempo passou e conseguimos cruzar fronteiras, e atualmente o grupo 14 22 é reconhecido em toda a América do Sul e temos alianças estratégicas em países irmãos, assim como na Rússia e até na República Popular da China. Nossa missão é estabelecer relacionamentos entre os empresários do setor sempre contribuindo com todos os tipos de eventos e encontros”, destacou.
“Mas em 2002, eram momentos difíceis em que não havia uma cultura da cannabis consolidada, muito pelo contrário, simplesmente não havia essa cultura”, disse ele.
Nestes últimos vinte anos que o grupo 14 22 conseguiu ocupar um lugar pioneiro e se tornaram líderes na fabricação de acessórios para fumar. Criaram produtos, conteúdos, desenvolveram ideias e uma distribuidora de produtos relacionados ao mundo da cannabis, tabaco e outros.
Há duas décadas começaram a produzir os primeiros picadores de madeira (Grinder) em substituição aos importados e posteriormente passaram a fabricar tubos de metal em todas as suas variantes, como o Pipe Turbina, entre outros itens como bongs de alumínio.
Atualmente a 14 22 têm mais de 1.500 clientes fixos, entre instalações de cultivo, quiosques, grow shops, além da venda online, sempre focado no atacado.
Ayala destaca que o cenário atual da Argentina tem suas demandas e necessidades no curto prazo:
“Agora está mais difícil importar. O banco não autoriza a transferência de dólares e isso é um problema para o setor e para qualquer importador. E é fundamental apontar a necessidade de um marco jurídico completo como o que está por vir no dia de hoje, 2 de junho, por parte do governo. Além disso, as prisões de cultivadores devem ser interrompidas imediatamente, sendo para fins medicinais ou para o uso adulto. Essas são necessidades fundamentais, para permitir que as pessoas que desejam cultivar cannabis em suas casas façam com segurança e também que o uso adulto da maconha possa gerar renda e empregos para a Argentina ”, concluiu Ayala.