Nesta semana, a atriz Guta Stresser, a Bebel da Grande Família, contou que ‘terá de conviver com a esclerose múltipla para o resto da vida’. A Esclerose Múltipla é uma doença que afeta o sistema nervoso central, os sintomas incluem perda de visão, dor, fadiga e coordenação prejudicada. Cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo todo sofrem com ela, estima-se que no Brasil a incidência de EM é de 5-30 casos/100.000 pessoas.
E, em entrevista ao site G1, a atriz contou que a cannabis tem feito parte de seu tratamento para o controle dos sintomas decorrentes da condição.
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Uma das principais características da EM é a desmielinização dos neurônios do sistema nervoso central (SNC) e, por consequência, o prejuízo da capacidade de condução dos sinais nervosos. Traduzindo, o sistema imunológico ataca a proteína gordurosa (bainha de mielina) que protege nossas células nervosas. As células nervosas ficam danificadas (ou seja, “esclerosadas”) e perdem sua capacidade de transmitir sinais. Mais da metade das pessoas que sofrem de esclerose múltipla experimentam dor, rigidez muscular ou espasticidade e comprometimento cognitivo.
Ela causa um grande prejuízo na sua qualidade de vida e alguns dos sintomas: diminuição da força dos membros, disfunção cognitiva, alteração na coordenação motora e perda aguda de visão. Por ser uma doença autoimune e sem cura, até o momento, existem formas de controle das ações que acontecem após o evento inflamatório. E é justamente nesta etapa que os canabinoides podem ser úteis.
Um estudo canadense identificou que mais da metade dos canadenses que possuem Esclerose Múltipla relataram o uso de cannabis para ajudar a controlar os sintomas.
Como a cannabis pode auxiliar no controle dos sintomas decorrentes da Esclerose Múltipla?
Como já vimos, o sistema endocanabinoide ajuda a regular funções cruciais, como sono, dor e apetite. Um estudo realizado com camundongos vivos e amostras de sangue humano, concluiu que o sistema endocanabinoide está desequilibrado em pacientes com EM, e há evidências de que o sistema endocanabinoide é ativado em ataques do sistema nervoso central.
Diversos estudos in vitro e in vivo têm sugerido que o sistema endocanabinoide pode ter ação neuroprotetora em mamíferos.
O canabidiol pode auxiliar no controle da inflamação, ajudando com que a condição não evolua para um quadro mais grave, ele apresenta efeitos ansiolíticos, neuroprotetor, antioxidante e relaxante muscular.
Já o THC também desempenha um papel importante, ele apresenta efeitos de analgesia, relaxamento muscular, auxilia no controle de náuseas e vômitos e, também, estimula o apetite.
Ou seja, podemos concluir que tanto o CBD quanto o THC são dois canabinoides muito úteis para amenizar os sintomas gerados pela Esclerose Múltipla. Sabemos que ainda não há cura, mas esta modulação do Sistema Endocanabinoide pode ser de grande valia para o paciente. Mas, lembre-se, converse sempre com o seu médico antes de iniciar qualquer tipo de tratamento.
Conheça a Dra. Amanda Medeiros
Dra. Amanda Medeiros Dias (Crm 39.234 PR) é médica com pós-graduação em pediatria e nutrologia pediátrica e, atualmente, está cursando Psiquiatria Infantil pelo CBI Miami. Possui Certificação Internacional Green Flower de Medicina Endocanabinoide.
Com experiência na prática clínica com crianças e adultos, visão integrativa olhando o paciente como um todo, possui experiência prática mesclando medicina com aromaterapia e cromoterapia, com foco na visão holística.
Além de prescritora, é paciente de cannabis medicinal desde 2018. Também é diretora técnica no Instituto Coração Valente e médica voluntária em projetos da UNA (Unidos pela Amazônia).
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