A anorexia nervosa é um transtorno alimentar, que faz a pessoa enxergar o próprio corpo de maneira distorcida (em geral, muito acima do peso) e afeta menos de 2% da população mundial. No entanto, suas complicações podem ser muito sérias, podendo causar problemas digestivos, cardíacos e até a morte.
A anorexia se manifesta principalmente em mulheres jovens e pode fazer com que os portadores do transtorno cheguem rapidamente à caquexia, um grau extremo da desnutrição, podendo levar à morte.
- Principais sinais da anorexia:
Perda de peso significativa/baixo peso corporal - Imagem corporal distorcida
- Medo ou comportamento que interfere no ganho de peso
- Sentimentos de culpa depois de comer
- Altos níveis de ansiedade e/ou depressão
- Baixa auto-estima
- Auto ferimento
- Isolamento social
- Fadiga/tontura/desmaio
- Abuso de laxantes, pílulas dietéticas e/ou diuréticos
- Dificuldades para dormir
Pessoas com Anorexia Nervosa podem passar longos períodos sem comer ou receber os nutrientes adequados, o que pode causar efeitos colaterais duradouros. É por isso que a intervenção precoce é extremamente importante.
Principais efeitos da Anorexia Nervosa
- Pressão sanguínea baixa
- Anemia (deficiência de ferro)
- Má circulação nas extremidades
- Problemas gastrointestinais: constipação e/ou inchaço
- Perda muscular e fraqueza
- Batimentos cardíacos anormalmente lentos e/ou irregulares
- Menstruação irregular ou amenorreia
- Dano cardíaco
- Ossos fracos ou quebradiços/osteoporose
Com um tratamento multidisciplinar, envolvendo uma equipe composta de médico, psicólogo e nutricionista, a cannabis surge como uma grande aliada do paciente. A maconha é conhecida por estimular o apetite, e é por isso que algumas pessoas a usam para ajudar na anorexia.
Um estudo publicado no Israel Journal of Psychiatry and Related Sciences (2017), descobriu que o THC provocou melhorias em alguns dos sintomas psicológicos da anorexia.
Ao servir como um agonista do receptor CB1, o THC pode ajudar os pacientes com anorexia a sentir vontade de comer. Relatos anedóticos de indivíduos que sofrem de anorexia também se mostraram promissores em relação à terapia com cannabis.
Um dos principais efeitos do sistema endocanabinoide é controlar a ingestão de alimentos e o apetite. Em particular, é um fato bem estabelecido que os endocanabinoides estimulam o apetite ativando o receptor canabinoide tipo 1 (CB1). O THC também ativa esse receptor, o que explica a “larica” associada ao uso de cannabis.
Outra função do Sistema Endocanabinoide é o seu papel fundamental no sistema de recompensa do cérebro, o que nos motiva a comer e fazer outras coisas essenciais para nossa sobrevivência.
Diante disso, fica evidente o papel que o Sistema Endocanabinoide pode desempenhar. No entanto, alguns pesquisadores chegam a sugerir que a disfunção SEC pode até estar envolvida na anorexia e outros distúrbios alimentares.
Um estudo de 2009 descobriu que, em comparação com mulheres saudáveis, aquelas com anorexia e bulimia tinham níveis mais altos de receptores CB1. Esses achados foram reforçados por um estudo de 2011 que relatou que mulheres com anorexia e bulimia tinham uma maior densidade de receptores CB1 no cérebro em comparação com indivíduos saudáveis.
Além do THC, que interage diretamente com o receptor CB1, o CBD também pode desempenhar um papel no tratamento, uma vez que ele possui ações interessantes no combate à depressão, ansiedade e problemas de sono.
A partir da pouca pesquisa disponível sobre cannabis e distúrbios alimentares, como a anorexia, podemos ver que existe a possibilidade de a planta ajudar. No entanto, ela pode não ser para todos.
Por isso, é sempre muito importante você conversar com o seu médico, entender o papel do Sistema Endocanabinoide em nosso corpo e os efeitos que a cannabis pode trazer antes de iniciar qualquer tratamento.
Conheça a Dra. Amanda Medeiros
Dra. Amanda Medeiros Dias (Crm 39.234 PR) é médica com pós-graduação em pediatria e nutrologia pediátrica e, atualmente, está cursando Psiquiatria Infantil pelo CBI Miami. Possui Certificação Internacional Green Flower de Medicina Endocanabinoide.
Com experiência na prática clínica com crianças e adultos, visão integrativa olhando o paciente como um todo, possui experiência prática mesclando medicina com aromaterapia e cromoterapia, com foco na visão holística.
Além de prescritora, é paciente de cannabis medicinal desde 2018. Também é diretora técnica no Instituto Coração Valente e médica voluntária em projetos da UNA (Unidos pela Amazônia).
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