No próximo dia 11 de abril será o Dia Mundial do Parkinson, data criada para conscientizar a população mundial sobre a doença que já atinge mais de 8 milhões de pessoas ao redor do mundo e cerca de 1% da população mundial acima dos 65 anos. Felizmente, a cannabis tem se mostrado uma grande aliada no tratamento desta condição.
A doença de Parkinson é uma doença crônica debilitante que leva a tremores intensos, rigidez e dificuldades de equilíbrio e coordenação. Os sinais e sintomas variam, especialmente em gravidade. Dependendo da progressão dos estágios, a qualidade de vida pode variar. Os pacientes geralmente experimentam tremores, músculos rígidos, movimentos lentos, postura prejudicada, equilíbrio prejudicado, alterações na fala e na escrita e perda de controle sobre movimentos automáticos, como piscar e sorrir.
A gravidade dos sintomas aumenta a cada estágio, com efeitos maiores na vida de uma pessoa. No primeiro estágio, os sinais podem ser pouco perceptíveis e a doença não influencia na qualidade de vida. Na fase final, os pacientes não podem mais realizar as atividades diárias e geralmente necessitam de cadeira de rodas. Eles podem até ter delírios ou alucinações.
A doença de Parkinson ocorre quando há uma perda de neurônios na matéria negra, a parte do cérebro responsável pela produção de dopamina, mensageira química dentro do sistema nervoso que ajuda a controlar e coordenar os movimentos do corpo.
Com a morte destas células nervosas, a produção de dopamina diminui e as partes do cérebro que controlam o movimento funcionam de forma anormal. No entanto, a causa direta da doença de Parkinson é desconhecida. E é justamente esta ligação com a dopamina que faz com que a cannabis possa exercer um papel importante no tratamento da doença.
O uso de cannabis tem sido associado à redução efetiva dos sintomas da doença de Parkinson, dando aos pacientes acesso a uma melhor qualidade de vida e a razão pela qual a cannabis é benéfica para a doença de Parkinson é por causa do sistema endocanabinoide, que é o maior receptor celular do corpo.
Uma pesquisa realizada em 2010, descobriu que o sistema endocanabinoide foi afetado quando houve uma diminuição das células de dopamina como resultado da doença de Parkinson. O corpo produz dopamina perto do centro do cérebro, e grande parte dos receptores canabinoides estão localizados nos gânglios da base, a parte do cérebro responsável pela mobilidade e que fica comprometida quando uma pessoa tem a doença de Parkinson.
Os receptores CB1 são extremamente abundantes nesta parte do cérebro. Pesquisas também demonstram que o volume de endocanabinoides aumenta significativamente quando uma pessoa não tem mais a capacidade de mover os músculos. Esses estudos confirmam que a cannabis desempenha um papel importante no tratamento da doença de Parkinson, porque está ligada ao sistema endocanabinóide.
Para deixar claro, a cannabis não é uma cura milagrosa, mas ela pode proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes com Parkinson. Algumas pesquisas já indicam que o extrato puro de CBD ajudou a reduzir os sinais de psicose em alguns pacientes, que normalmente é um sinal posterior (Fase 5) no índice de estágios de Parkinson. Outro estudo apenas com CBD descobriu que o canabidiol foi útil para reduzir os sintomas de forma mais geral.
A capacidade da cannabis de melhorar o sono é uma das áreas mais empolgantes da pesquisa de Parkinson. Ela pode auxiliar pacientes com distúrbio do sono de movimento rápido dos olhos, um distúrbio que aumenta em gravidade à medida que o paciente progride nos estágios de Parkinson.
O canabinoide THC também surge como um componente importante no tratamento. O Tetrahidrocanabinol possui uma função no controle dos movimentos e, também, na melhora do sono.
Ainda que a realização de mais pesquisas sejam necessárias para aprofundarmos cada vez mais na relação entre o Parkinson e a cannabis, os pacientes podem encontrar alívio de seus sintomas cotidianos. Ou eles podem descobrir que a progressão da doença diminui com o uso de cannabis.
Se feito o tratamento desde cedo, os pacientes podem manter sua vida regular por mais tempo. Eles também podem reduzir os outros medicamentos que estão tomando – o que leva à redução de uma série de efeitos colaterais. Lembre-se sempre, converse sempre com o seu médico antes de iniciar qualquer tratamento.
Conheça a Dra. Amanda Medeiros
Dra. Amanda Medeiros Dias (Crm 39.234 PR) é médica com pós-graduação em pediatria e nutrologia pediátrica e, atualmente, está cursando Psiquiatria Infantil pelo CBI Miami. Possui Certificação Internacional Green Flower de Medicina Endocanabinoide.
Com experiência na prática clínica com crianças e adultos, visão integrativa olhando o paciente como um todo, possui experiência prática mesclando medicina com aromaterapia e cromoterapia, com foco na visão holística.
Além de prescritora, é paciente de cannabis medicinal desde 2018. Também é diretora técnica no Instituto Coração Valente e médica voluntária em projetos da UNA (Unidos pela Amazônia).
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