2022 é ano de eleição presidencial no país e a emissora CNN Brasil resolveu ouvir os pré-candidatos à presidência do país sobre legalização da maconha, para uso adulto e medicinal, duas pautas extremamente importantes e que estão em discussão em boa parte do mundo.
Atualmente temos o PL 399/15 parado no Congresso Nacional, projeto de lei que regulamenta a cannabis para fins medicinais e industriais, e a Lei de Drogas é uma das maiores responsáveis pelo crescimento do encarceramento da população negra no país, segundo dados oficiais.
No entanto, apesar da demanda social sobre o tema, os pré-candidatos, em resposta à CNN, ao cargo de presidente do Brasil não demonstraram que teremos muitos avanços nos próximos quatro anos. Os principais candidatos não responderam a pergunta sobre o que pensam sobre a legalização da maconha no Brasil.
A assessoria de Lula (PT) disse que o plano de governo será elaborado com a sociedade, mas não respondeu se o presidenciável é favorável ou não a estas pautas. Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), não responderam ao questionamento até o fechamento da matéria da CNN.
André Janones (Avante) disse ser contrário a liberação para uso adulto, mas demonstrou ressalvas aos tratamentos medicinais. Já Simone Tebet (MDB), disse ser ‘contra a liberação do uso adulto e a favor do uso medicinal de substâncias que a ciência comprovar que sejam eficientes no tratamento da saúde’.
Felipe d’Avila (Novo), disse ser totalmente favorável ao uso medicinal da cannabis e a descriminalização do consumo. E Luciano Bivar (União Brasil), disse que ‘o governo precisa atuar para baratear esses medicamentos, que ainda têm preços inacessíveis para as pessoas que necessitam deles’. Com relação ao uso adulto, utilizou do argumento de que há ‘riscos de dependência e sequelas nas funções cognitivas’ – ainda que cientificamente o risco de dependência seja pequeno.
Até outubro deste ano muita coisa ainda deve acontecer no país. Mas, um fato que deixa notório nesta pesquisa realizada pela CNN é o de que os principais candidatos ao cargo de presidente do país não querem muito falar sobre o assunto. Caberá, mais uma vez, à sociedade civil se organizar e lutar pelos seus direitos.