Um estudo realizado na Espanha, pela Fundação FAD, revela que sete em cada dez pessoas entre os 18 e os 34 anos acreditam que o consumo frequente de cannabis é menos prejudicial do que o consumo regular de álcool ou tabaco.
De acordo com o estudo, os jovens espanhóis estão cientes dos riscos derivados do uso da maconha, mas acreditam que os riscos são muito baixos. O estudo também identificou que a maioria dos jovens associa a cannabis a problemas legais, de relacionamento, de estudo ou de trabalho, ou ao desenvolvimento de doenças e transtornos de saúde mental.
Apesar disso, os jovens que o consomem regularmente dizem que os relaxa (38%), permite-lhes escapar (33%) e dá-lhes prazer (19%). E quem a consome experimentalmente associa a maconha a diversão (40%), relacionamento social (25%), curiosidade (25%) e moda (15%).
A pesquisa foi realizada online e contou com 634 jovens entre os 18 e os 34 anos e de 382 pessoas entre os 35 e os 65 anos. E compara os dados com um estudo realizado pela mesma entidade em 2016, que revela que cada vez mais os jovens acreditam que é necessário abrandar as regras que proíbem o consumo de maconha.
Em 2016 o percentual de jovens que acreditava ser necessário amenizar essas regras de consumo, venda e cultivo era de 24%, em 2022 subiu para 33%. Em contrapartida, os que acham que devem endurecer passaram de 23% (em 2016) para 27% (em 2022). 35% dos jovens consideram necessária uma eventual regulamentação do consumo recreativo, 45% consideraram um erro e a percentagem dos que dizem não o fazer ter um também é relevante opinião formada (20%).