Uma emenda regulatória está sendo elaborada pelo Ministério de Assuntos Sociais da Estônia para permitir que o cânhamo com limites mais altos de THC seja cultivado no país.
Em um grande avanço para a indústria europeia de cânhamo, os reguladores estonianos planejam permitir que os agricultores de cânhamo cultivem culturas com um nível de THC superior aos atuais 0,2%. Em 2023, esse limite será de pelo menos 0,3%. Isso, por sua vez, elevará o país aos padrões regionais criados pela UE no ano passado.
Essa nova política liberalizada, no entanto, não é um movimento para legalizar a cannabis para fins recreativos– mas está sendo apresentada como uma maneira de ajudar os agricultores de cânhamo domésticos que se queixaram repetidamente de suas opções limitadas de cultivo sob os regulamentos atuais. Atualmente, existem apenas duas variedades de cânhamo que podem ser cultivadas legalmente na Estônia. A atualização regulatória proposta permitiria o cultivo de três a cinco novas variedades de cânhamo.
A diferença também certamente tornará o país um mercado mais competitivo para a crescente indústria de CBD. Cerca de 6.800 hectares (16.000 acres) estão atualmente sob cultivo de cânhamo na Estônia. Os agricultores que cultivam cânhamo com THC abaixo dos limites estabelecidos são elegíveis para subsídios agrícolas.
Os regulamentos da UE sobre o cânhamo foram fixados em 0,3% em toda a região. A Suíça, fora da UE, permite variedades de cânhamo que contêm até 1% de THC. É improvável que o resto da Europa siga os passos suíços a esse respeito até a legalização completa do lazer. No entanto, o que esse desenvolvimento faz é mover a Estônia para a frente da linha de países europeus que estão prestes a mudar suas políticas nacionais sobre cannabis para se adequarem aos padrões nacionais da UE, em vez de desatualizados.
A falta de homogeneidade regulatória nos países da UE é um dos maiores impedimentos para uma indústria de cannabis regionalmente forte – de qualquer tipo.
Que impacto a reforma recreativa terá nos limites de THC no cânhamo?
A reforma da cannabis recreativa pode afetar os padrões regionais sobre a quantidade de THC permitida no cânhamo. Com toda a probabilidade, no entanto, assim como nos Estados Unidos e no Canadá, o mercado europeu de cannabis provavelmente permanecerá estratificado entre “médico”, “recreativo” e “industrial” em termos de licenciamento e limites específicos de canabinóides após a legalização total . Tais regulamentos definirão quais cultivadores verticais poderão operar – e, quase sem dúvida, virão com taxas e impostos adicionais com base na quantidade de THC nas plantas cultivadas.
Enquanto isso, a Estônia será um dos primeiros países a implementar formalmente “novos” padrões da UE sobre os níveis de THC permitidos no cânhamo.
Matéria originalmente publicada no site Cannabis & Tech Today e adaptada ao Weederia com autorização
