Um estudo recente publicado na revista Experimental and Clinical Psychopharmacology examinou a relação entre o uso de cannabis e a tomada de decisão relacionada ao esforço em uma amostra de 47 estudantes universitários (25 usuários de cannabis e 22 não usuários).
Os resultados do estudo sugerem que os estudantes universitários que usam cannabis são mais propensos a despender esforços para obter uma recompensa. Assim, o estigma popular associado ao consumo de cannabis, “o maconheiro preguiçoso” parece carecer de fundamento científico.
Os pesquisadores testaram a hipótese da “síndrome da amotivação”, que sugere que o uso regular de cannabis resulta em capacidade prejudicada de comportamento direcionado a objetivos. No entanto, os resultados do estudo mostram que os usuários de cannabis eram mais propensos a selecionar um teste de alto esforço.
Embora os resultados não apoiem a hipótese da síndrome amotivacional, os pesquisadores observaram que “pesquisas futuras com uma amostra maior são necessárias para avaliar possíveis associações entre o uso de cannabis e os padrões de comportamento de esforço do mundo real ao longo do tempo”.
Usuários de cannabis integram maconha em suas rotinas, empregos e vidas
Um estudo publicado em outubro de 2021, pela plataforma de cannabis Eaze, com sede em São Francisco, encontrou um cruzamento crescente entre o uso de cannabis e atividades fora do sofá, incluindo trabalho, condicionamento físico e intimidade.
De acordo com o estudo de Eaze, 43% dos usuários entrevistados disseram que fazem microdoses de cannabis antes de irem para o trabalho (40% têm emprego em tempo integral) e 37% disseram que combinam cannabis com seus treinos, contrariando a imagem errônea e desatualizada maconheiro largado no sofá.
Matéria originalmente publicada no site Benzinga e adaptada ao Weederia com autorização