Por Nina Zdinjak
A maconha melhora as pessoas? Um novo estudo, intitulado “Consumo de Cannabis e Prosocialidade”, publicado no Scientific Reports, afirma que sim.
Pesquisadores da Universidade do Novo México analisaram as características psicológicas de estudantes universitários saudáveis sob a influência do THC. Acontece que os jovens adultos com uso recente de maconha tiveram pontuações melhores em medidas padronizadas de comportamentos pró-sociais, empatia e tomada de decisões morais com base em princípios de segurança e senso de justiça. O estudo está entre os primeiros a revelar os benefícios da cannabis no funcionamento psicossocial de jovens adultos.
Também é importante notar que a pesquisa não encontrou diferenças nas medidas de raiva, hostilidade, interpretação de ameaça facial, confiança nos outros, as outras quatro dimensões restantes da personalidade (extroversão, conscienciosidade, estabilidade emocional e abertura) e decisão moral.
“A maioria das investigações sobre os efeitos do uso de cannabis se concentrou nas consequências negativas do vício em cannabis ou nos efeitos na saúde física do uso de cannabis”, disse o investigador principal e professor assistente Jacob Miguel Vigil, Departamento de Psicologia da UNM. “Quase nenhuma atenção científica formal foi dedicada à compreensão de outros efeitos psicológicos e comportamentais do consumo da planta, apesar de ser tão amplamente utilizada ao longo da história humana”.
De acordo com descobertas recentes, a maconha pode causar mudanças em conceitos egocêntricos, aumentando a sensação de abnegação.
O importante é que o estudo também revelou que esses efeitos são temporários, considerando que as diferenças entre usuários e não usuários de maconha estavam ligadas ao tempo decorrido desde a última vez que os participantes consumiram maconha.
Vigil concluiu destacando a importância da pró-socialidade e da empatia: “A pró-socialidade é essencial para a coesão e vitalidade geral da sociedade e, portanto, os efeitos da cannabis em nossas interações interpessoais podem eventualmente provar ser ainda mais importantes para o bem-estar social do que seus efeitos medicinais”.
Matéria originalmente publicada no site Benzinga e adaptada ao Weederia com autorização