Um estudo realizado por pesquisadores ligados à Florida International University identificou que o uso de maconha por adolescentes não está independentemente associado a um risco aumentado da chamada “síndrome amotivacional”.
Publicado no Journal of the International Neuropsychological Society, o estudo destacou que o uso de maconha por adolescentes não está associado a nenhuma mudança significativa na motivação, apatia ou envolvimento após os investigadores controlarem o uso de álcool e tabaco pelos participantes, entre outros fatores de confusão potenciais (como idade, sexo e depressão).
“Apesar dos aumentos significativos nos níveis de uso de cannabis em nossa amostra, a mudança no uso de cannabis não previu mudanças na motivação, o que sugere que o uso de cannabis pode não levar a reduções na motivação ao longo do tempo”, destacam os autores.
“Nossas descobertas não apoiam uma relação entre o uso de cannabis e as reduções na motivação ao longo do tempo em uma amostra de adolescentes em risco de aumento no uso de cannabis. … O estudo atual contribui para a literatura existente examinando essas associações longitudinalmente em uma grande amostra de usuários adolescentes de cannabis, enquanto controla fatores de confusão importantes e freqüentemente esquecidos, incluindo sexo e depressão”, complementam.
Os pesquisadores ressaltam que futuros estudos devem continuar a examinar essas associações longitudinalmente para determinar se usuários mais pesados de maconha podem ter redução na motivação e se estas reduções podem ocasionar em ‘resultados educacionais mais pobres e na velhice’.