O avanço da legalização da maconha tem permitido que uma série de avanços aconteçam como, por exemplo, na ciência. Os efeitos da cannabis no corpo humano, que até pouco tempo eram praticamente desconhecidos, passam a ser estudados e, com isso, resultados surpreendentes aparecem e desmistificam concepções erradas formadas sobre a erva.
Um estudo recente feito por pesquisadores da Holanda e da Austrália descobriu que pessoas que faziam uso da maconha, inclusive quase diário, não possuem diferenças significativas na integridade da massa branca quando comparados àqueles sem histórico de exposição à maconha.
De acordo com dados publicados no jornal Addiction Biology, os pesquisadores realizaram ressonâncias magnéticas para comparar a microestrutura da substância branca de todo o cérebro em uma coorte de 39 usuários de cannabis quase diários e 28 controles semelhantes
“A microestrutura da substância branca não diferiu entre usuários de cannabis e controles e não covariou com o uso recente de cannabis, gravidade da dependência ou duração do uso”, destaca o estudo.
“Essas descobertas sugerem que o uso de cannabis quase diário em longo prazo não afeta necessariamente a microestrutura da substância branca.”
No entanto, eles alertaram que os adolescentes podem ser suscetíveis a possíveis alterações na morfologia cerebral.