Pesquisadores da Suíça e dos Estados Unidos avaliaram a relação entre a exposição à cannabis e a frequência cardíaca em indivíduos de meia idade e descobriram que o uso de cannabis está associado a uma menor frequência cardíaca em repouso.

“O uso atual de cannabis foi associado a uma frequência cardíaca em repouso mais baixa, mas a exposição cumulativa à cannabis não foi”, relataram os pesquisadores. “Nossas descobertas estão alinhadas com pesquisas epidemiológicas em milhares de participantes da Europa e dos EUA que não encontraram associação entre cannabis e doenças cardiovasculares, mortalidade ou resultados substitutos”.

O estudo, publicado no The American Journal of Medicine, contou com participantes da pesquisa Coronary Artery Risk Development in Young Adults (CARDIA) – que é uma avaliação de várias décadas da saúde cardiovascular.

De acordo com os pesquisadores, os indivíduos que consumiam maconha ocasionalmente (definida como cinco vezes ou mais por mês) possuíam uma frequência cardíaca em repouso mais baixa do que os não usuários, incluindo aqueles que eram ex-consumidores de maconha.

“O uso atual de cannabis foi associado a uma frequência cardíaca em repouso mais baixa, o que apóia os resultados de estudos experimentais. … A exposição cumulativa anterior à cannabis não foi associada à frequência cardíaca, indicando que os efeitos da exposição à cannabis na frequência cardíaca são transitórios. Nossas descobertas se somam ao crescente corpo de evidências sugerindo uma falta de associação deletéria do uso de cannabis em um nível típico da população em geral em resultados substitutos de doenças cardiovasculares”, relatam os pesquisadores.

Descobertas anteriores da amostra CARDIA não conseguiram vincular o uso de cannabis – mesmo a longo prazo – a um risco elevado de aterosclerose, pressão alta, anormalidades no ECG ou outros eventos cardiovasculares graves na meia-idade.

Com informações do site Norml