Terminou neste domingo a nona edição da ExpoCannabis Uruguai, o maior evento de cannabis da América Latina. Durante os dias 2, 3 e 4 de dezembro, Montevidéu, mais do que qualquer período do ano, respirou ares canábicos, levando boas vibrações aos países vizinhos. 

O evento contou com mais de 150 estandes com os mais variados produtos voltados à indústria cannábica de marcas de todo o mundo, especialistas uruguaios e estrangeiros para consulta sobre a utilização medicinal da cannabis e workshops sobre diversos temas que afetam o setor e estão sendo discutidos em nível global e nacional.

Nos três dias, foram realizados 15 workshops com 25 convidados em conferências e fóruns, com apresentações de 10 bandas e artistas. Diferentes atores de setores analisaram a situação atual da regulamentação da cannabis e os avanços obtidos nos últimos anos.

E os brasileiros que lá estiveram se destacaram. A marca de roupas brasileiras 24k foi premiada. Eles armaram uma tenda na área externa levando desde personalização de bandanas até uma experiência psicodélica 3D.

A startup brasileira Xah com Mariaz também esteve presente com um estande composto somente por mulheres hempreendedoras brasileiras. Uma iniciativa de Katia Cesana, cujo trabalho tem sido fundamental no Brasil para alavancar iniciativas voltadas à cannabis por mulheres.

Estima-se que cerca de 20.000 pessoas compareceram nos três dias de evento. Destes, cerca de 60% eram estrangeiros. Bom, bastava entrar no pavilhão da LATU que rapidamente o português era ouvido. 

Assim como nos anos anteriores, o brasileiro esteve presente em peso. As pessoas não mediram esforços para viver, ao menos por três dias, o ambiente do primeiro país que regulamentou o uso da cannabis, uma realidade completamente diferente dos brasileiros. A alegria estava estampada no rosto de todos. 

A boa notícia que fica para quem não pode comparecer na ExpoCannabis, é que ano que vem será realizada a primeira edição da feira no Brasil. Claro que o ambiente é completamente diferente do uruguaio. Aqui ainda vivemos tempo proibicionistas, mas, ao menos um gostinho de Uruguai ela promete.