Durante dois dias, no último final de semana, o Komplexo Tempo, em São Paulo, foi o complexo da cannabis no Brasil. Milhares de pessoas de todo o Brasil estiveram na primeira edição do Festival Híbrido para conhecer empresas, ver palestras e, até mesmo, realizar uma consulta online com um médico especialista em cannabis.
Dezenas de expositores nos segmentos de head shops, universo grow, beleza, embalagens e produtos de medicina alternativa estiveram no festival que teve como foco o empreendedorismo canábico no país. Entre as marcas presentes, estiveram nomes como Tá Suave, Pay-Pay, Up Grinder, Pangaia, Sativart além das associações É de Lei, Sativart, que também contaram com um stand no local.
“Desde 2009 eu pesquiso o mercado, em 2012 eu conheci a Spannabis em Barcelona e começamos a enxergar um pouco o mercado, estive três 3 anos seguidos no méxico e sempre sonhando em fazer alguma coisa no Brasil, sempre com a intenção de fazer pela porta da frente, tudo legalizado. O objetivo é de poder expandir, furar esta bolha e mostrar o universo da cannabis”, conta Marcelo Meneses, um dos idealizadores do Festival.
Um dos objetivos do projeto é apoiar a ressignificação mercadológica de produtos à base da cannabis já legalizados cujo mercado, agora validado e autenticado, cresce exponencialmente no Brasil. Pensando nisso, o evento ofereceu o espaço “Conversas Canábicas”, onde temas relevantes – como Cannabis na medicina, futuro da gastronomia “verde”, direito canábico e empreendedorismo criativo Canábico – foram discutidos.
O evento também contou com o desfile da coleção Weed Wear – categoria de roupas e acessórios apoiada no estilo de vida dos consumidores da Bem Bolado. O desfile apresentou 10 peças da coleção e ainda contou com a participação do rapper Sant.
“O que eu enxergo é que a gente só caminha pra frente. Não tem volta, cada vez mais esta força só aumenta. Basta ver os outros países. eu vejo que cada país tem uma política em relação à cannabis, e que nosso caminho é só pra frente. É questão de tempo”, complementou Marcelo.
O clima, de fato, foi de um ambiente pré-legalização. Ainda que os dados demonstrados nas urnas na última eleição nacional demonstram que o caminho não será fácil, o mercado continua a se movimentar e cada vez mais forte. Foi possível encontrar desde cervejas com terpenos até realizar uma consulta online com um médico especialista em cannabis.
Como bem lembrou Marcelo D2, ‘Todo usuário é um paciente’, o festival quebrou a barreira do consumo recreativo e medicinal, tendo um estande da empresa Pangaia, focada no uso medicinal da cannabis.
E, o sucesso do evento foi tanto, que Marcelo já pensa em próximas edições e, quem sabe, até em eventos fora do país.
“Já tivemos pedidos para fazer em outro estado. Temos também um canadense que veio representando uma empresa da Costa Rica e quer levar uma edição para lá. Por ser a primeira edição, a repercussão foi bem legal”, concluiu.