O governo Bolsonaro se manifestou nesta semana contra recomendações mais brandas da OMS para a maconha. Apesar de a OMS querer tirar a cannabis de uma categoria mais restritiva e universalizar o acesso, o governo emitiu nota dizendo que votará contrário na próxima reunião da Comissão de Narcóticos da ONU.

Uma das recomendações da Organização das Nações Unidas é retirar o controle internacional sobre o Canabidiol (CBD). A organização também trata dos extratos e tinturas e quer excluí-los do Anexo 1 da Convenção de Narcóticos, o que possibilitará um comércio mais livre de derivados da planta e facilitaria o acesso aos remedies produzidos.

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De acordo com a nota do governo, a decisão é respaldada por normas técnicas e científicas. A reunião realizada na última segunda-feira, 6 pelo Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (Conad), na qual contou com a participação do ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni, apontou também que esta não é uma questão ideológica.

– Não é mais possível que essa situação seja explorada de maneira ideológica por grupos que querem liberar a cannabis no Brasil. Não se pode aceitar que a sociedade seja enganada por grupos de interesse que querem explorar um eventual mercado da cannabis. O uso terapêutico restrito de uma única molécula não pode ser usado como ponta de lança para a liberação dessa droga no país” declarou o secretário nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro, que também participou da reunião.