Matéria originalmente publicada em Benzinga e adaptada ao Weederia com autorização
Por Javier Hasse , Benzinga Staff Writer
Tommy Chong é um símbolo indiscutível da cultura da cannabis e tem sido um por quarenta anos, desde a estreia de sua saga cinematográfica com Cheech Marin, “Cheech & Chong”. Na verdade, se você perguntasse a qualquer consumidor de maconha qual celebridade é a cara da cannabis, a maioria provavelmente citaria Snoop Dogg, B-Real of Cypress Hill ou Cheech & Chong.
Mas, nos últimos anos, Tommy Chong fez a transição de representante da contra-cultura na América, um exemplo de resistência ao status quo, para um empresário de pleno direito, abraçando a disseminação da maconha e a entrada de gigantes corporativos no indústria de cannabis. Ainda mais, em 2016, Tommy Chong lançou sua própria marca de cannabis, a Chong’s Choice.
Como Chong tem antecedentes criminais por financiar uma empresa que vendia parafernália de cannabis (bongs), ele não poderia estar diretamente envolvido na indústria cannábica.
Reconhecendo o valor de seu nome na comunidade, entretanto, ele decidiu licenciá-lo para uma empresa dirigida por seu filho, Paris Chong, e um sócio, Jon-Paul Cowen. Eles a chamaram de Chongson, Inc.
“A Chong’s Choice encontra os melhores produtores, nós os associamos aos melhores dispensários e, então, pegamos uma pequena porcentagem”, disse ele durante uma entrevista recente e exclusiva.
“Estamos praticamente em todas as lojas do país porque realmente temos boas pessoas promovendo nossa marca. Nossa reivindicação à fama é que vendemos apenas o melhor.”
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Tommy se torna mainstream
A cannabis está realmente se tornando popular, assegurou Chong. “A nova cara da cannabis agora são as velhinhas tomando para dormir à noite. Você fala com as senhoras em todos os lugares e elas dizem: eu tenho meus comestíveis na minha cama, eu acordo, pego uma bala de goma e durmo como um bebê. É o meu remédio.”
Para ilustrar melhor, Chong trouxe à tona uma história de 2014, quando o Colorado legalizou o uso de cannabis por adultos.
Ao visitar o primeiro dispensário legal do estado, Chong percebeu algo inesperado: “Quando parei na loja [de cannabis], fiquei surpreso ao ver a fila: Parecia a fila para ver Jesus, ser curado : pessoas com muletas, em cadeiras de rodas ou com bengalas”
Curiosamente, Chong é um desses pacientes também. Há alguns anos, o comediante teve câncer de próstata, enquanto cumpria pena na prisão por apoiar uma marca de parafernália de maconha.
Surpreendentemente, porém, Chong não recorreu à cannabis imediatamente. No início, ele se voltou para os medicamentos farmacêuticos tradicionais para tratar sua doença. “Eles me disseram que era um câncer de próstata de evolução lenta e que eu provavelmente morreria de outra coisa primeiro, então eles realmente não iriam se preocupar com isso”, disse ele.
Mas as coisas mudaram quando Tommy foi convidado a participar do show Dancing With The Stars.
“Acredito que o estresse e o esforço da dança em si também me levaram a ter câncer retal”, disse ele.
“Resumindo: fui operado e comecei a usar muita maconha para me recuperar. Em primeiro lugar, para me livrar dos remédios pesados, dos opioides e de todas as drogas pesadas. Então comecei a usar a cannabis … Agora estou livre do câncer, totalmente curado e tentando me tornar um dançarino de tango”, disse ele. Que alertou os leitores que isso não significa que a cannabis cura o câncer, mas que a planta estava parte de seu processo de recuperação, assim como as drogas tradicionais.
A Chong’s Choice oferece atualmente flores de cannabis, baseados bolados, cartuchos de óleo, tiras com infusão de THC e uma nova linha de chocolates com infusão de cannabis, em colaboração com Défoncé. A marca, hoje disponível apenas nos EUA, desembarca no Canadá a seguir, e lança uma nova linha de produtos de CBD.
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