Pelo segundo final de semana seguido os uruguaios viram a capital de seu país, Montevidéu, ser tomada por brasileiros. Mas, desta vez, o foco não era futebol. Foi a maconha. Brasileiros de toda a parte do Brasil vieram de carro, ônibus, carona, avião e excursão para curtir a oitava edição da ExpoCannabis Montevidéu, que aconteceu nos dias 1, 2 e 3 de dezembro.
Do Mato Grosso do Sul, de carro, veio a equipe da Sativart, foram três dias de viagem até a capital do Uruguai, tudo registrado no Twitter deles. De Minas, veio o Leonardo da Associação Flor de Minas. Ele voou de Minas para o Rio, do Rio para Florianópolis, de Floripa foi de ônibus até Chuí, atravessou a fronteira e pegou outro ônibus para chegar em Montevidéu.
Como foram os dias da feira? Você pode conferir aqui:
ExpoCannabis Montevidéu intimista: a maconha, a indústria e a consolidação de 8 anos de história
ExpoCannabis Montevidéu de dentro: invasão brasileira, recorde de público e a semente que cruzou o rio
Último dia da ExpoCannabis Montevidéu: flash tattoos, shots de Gin com cannabis e show de Peke 77
Teve o casal do Rio de Janeiro, que aproveitou as férias para curtir a Expo antes de viajar pelo Uruguai. Sem contar toda a galera que a agência de viagens UY Trip trouxe para cá.
Para perceber a massiva presença dos brasileiros, não precisava nem chegar ao evento. No centro velho da cidade, português era uma língua frequentemente ouvida. E, uma das palavras que mais se pronunciava era: maconha.
Ao chegar à feira, este burburinho que tomava o centro da cidade ganhava força. E, logo na entrada, se você fechasse os olhos, poderia facilmente se enganar e pensar estar no Brasil. A ExpoCannabis recebeu seus visitantes com lindos pés de maconha, que exalam um perfume belíssimo e chamava a atenção, principalmente, dos brasileiros, que convivem com a proibição, e têm contato com plantas como estas expostas, para muitos, somente por fotos.
E foi com muitas fotos que eles registraram este primeiro encontro com a planta. Foi amor à primeira vista.
Os corredores, repletos de brasileiros e de maconha, levavam os visitantes à área externa do evento. Onde food trucks saciavam a larica da galera. E, por falar em Larica, o chef Caio Cézar, do canal Cozinha 4 e 20, aproveitou que estava no Uruguai e preparou refeições canábicas para um grupo seleto de felizardos.
“Ih, olha o Caio ali!”, esta foi frase muito ouvida e falada por quem estava na feira. Além de Caio, outras figuras da cena canábica brasileira também estavam no evento: como a Nah Brisa, primeira mulher influencer canábica brasileira, que estava produzindo conteúdo.
Mas, a grande estrela dos brasileiros que estavam na ExpoCannabis foi BNegão. O cantor, DJ e conhecido por ser um adorador da erva, esteve presente e, por onde passou, chamou atenção. BNegão é um ícone dos maconheiros. E, encontrá-lo na feira, era ainda um atrativo a mais para os brasileiros.
A ExpoCannabis costuma reunir cerca de 18 mil pessoas e, segundo os organizadores do evento, boa parte é brasileiros. A feira reuniu mais de 150 stands de marcas de produtos ou serviços relacionados à maconha.
As sementes eram uma das estrelas do evento. Inúmeras empresas apresentaram suas joias para os cultivadores. Os growers também se deliciaram com os stands trazendo as últimas novidades em box de cultivo, iluminação e, até mesmo, hidroponia. Sem contar no stand da Tambo Farms, que é especialista em solo vivo.
Mas, estes não foram os únicos contemplados. O consumidor de maconha foi muito bem recebido na feira, não poderia ser diferente. Marcas de sedas, piteiras, roupas à base de cânhamo ou, apenas, que faziam alusão à cannabis estavam presentes.
Brindes foram distribuídos a rodo, principalmente baseados já bolados.
A área medicinal também esteve muito bem representada, principalmente com cursos e workshops, sem contar as empresas do setor que estavam por aqui.
E teve ainda Gin de cannabis, comida de cachorro com CBD, o governo uruguaio presente, um site de investimento em plantação de cannabis na Europa e muita, mas muita, maconha para os brasileiros que aqui estavam.
Ao final do evento, em alto e bom português, por todas as rodas de baseados que ainda permaneciam acesos na área externa, o assunto era um só: Ano que vem estamos de volta!