Por Lucía Tedesco
Um novo regulamento que proíbe o fumo de maconha na rua entrará em vigor no final deste mês na Red Light District de Amsterdam. A proibição foi oficialmente aprovada pelo conselho da cidade na semana passada e será implementada pela polícia e autoridades locais. Quem infringir a nova lei será multado em 100 euros.
A proposta de proibir o consumo de maconha nas ruas foi apresentada pelo conselho da cidade de Amsterdã em fevereiro. As autoridades locais expressaram preocupação com o desconforto que prevalece no famoso bairro à noite. Em comunicado, eles explicaram que:
“O ambiente pode ficar sombrio, principalmente à noite. As pessoas que estão sob a influência permanecem por muito tempo. Os moradores não conseguem dormir bem e o bairro se torna inseguro e inabitável.”
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Segundo o conselho, os moradores são afetados pelo turismo de massa, abuso de álcool e drogas nas ruas, bem como pela presença de vendedores ambulantes, crime e insegurança, informou a High Times. A proibição de fumar maconha na rua será implementada com o objetivo de reduzir esses fatores.
Além disso, está sendo considerada a possibilidade de proibir a venda de drogas leves em determinados horários. Estão também a ser avaliadas restrições ao uso de canábis nas esplanadas dos cafés, caso o incómodo persista.
A CNN informou que cerca de 10% a 15% da indústria do turismo de Amsterdã está localizada na Red Light District e as autoridades da cidade querem que o distrito De Wallen, como é conhecido em holandês, seja reconhecido por sua herança, arquitetura e cultura, em vez de ser famosa pelo tráfico de sexo e drogas.
Amsterdam projeta uma nova política para o trabalho sexual
Desde 2019, a prefeita Femke Halsema priorizou a revitalização do Red Light District. Naquele ano, Halsema apresentou várias opções para proteger as profissionais do sexo de condições degradantes, combater o crime e reduzir o impacto do turismo. Algumas das propostas incluíam: fechar as cortinas nas janelas para que as profissionais do sexo não fossem visíveis da rua, reduzir o número de quartos com janelas, mudar os bordéis para outras áreas de Amsterdã e criar um hotel para profissionais do sexo.
Esses planos visam preservar as profissionais do sexo do olhar dos turistas e de suas câmeras. Portanto, em julho haverá discussões com os trabalhadores, moradores e empresas sobre o assunto. As propostas serão então apresentadas ao conselho da cidade em setembro. Essas iniciativas marcarão uma “nova política sobre o trabalho sexual”, como confirmou a prefeitura.
Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização