Por Nina Zdinjak

A primeira companhia com propósito especial de aquisão (SPAC – Special Purpose Acquisition Company) focada em cannabis na África deve começar a ser comercializada este ano. Ela está procurando comprar empresas jovens, desenvolvedores de genética e dispositivos de saúde, informou a Bloomberg.

O fundador da Cilo Cybin Pharmaceutical Ltd da África do Sul, Gabriel Theron, confidenciou à Bloomberg seus planos de vender ações de uma SPAC em Joanesburgo com o objetivo de arrecadar pelo menos ZAR 500 milhões (US$ 32 milhões). Depois disso, a Theron usará a SPAC para adquirir a Cilo Cybin, avaliada em ZAR 300 milhões.

Theron explicou que a Cilo Cybin não pode listar por conta própria, porque não tem um histórico de ganhos suficientemente longo (uma das condições para uma empresa se qualificar).

O CEO da empresa anunciou no ano passado que quer abrir o capital da empresa nos próximos 12 meses.

Não há tempo a perder

“Não temos tempo a perder na aquisição dos ativos dos EUA”, disse ele, referindo-se às empresas americanas que a SPAC terá como alvo. “Quero abrir o capital no terceiro trimestre deste ano. Esse é o meu objetivo”, disse Theron.

Theron também explicou como as regras de listagem da África do Sul são diferentes das dos EUA, pois as SPACs não precisam ter um propósito específico quando se tornam públicos.

O nome da empresa (Cilo Cybin) vem de uma substância psicoativa encontrada em cogumelos mágicos. Em sua produção, Cilo Cybin realmente usa Durban Poison, uma poderosa variedade de maconha sul-africana com altos níveis de THC.


Os produtos da empresa são vendidos estarão disponíveis através do Arrie Nel Pharmacy Group, empresa que administra mais de 90 lojas. Os medicamentos com THC devem ser recomendados pelos médicos para pacientes com HIV/AIDS e câncer.

A Cilo Cybin é conhecida como a primeira empresa sul-africana a obter uma licença para cultivar, processar e embalar produtos de maconha. Além disso, também tem permissão para distribuir seus produtos globalmente.

“Conhecemos os investidores, conhecemos os fundos e conhecemos a tendência”, disse Theron sobre seu plano de listar em Joanesburgo. Uma venda secundária na Nasdaq é uma possibilidade, acrescentou.

A Theron deve possuir uma participação de 5% no SPAC, com 20% disponível para compra pública e o percentual restante disponível para compra por gestores de ativos, escreveu a Bloomberg.


Matéria originalmente publicada no site Benzinga e adaptada ao Weederia com autorização