Por Natalie Fertig. Este artigo foi postado originalmente no The Fresh Toast.
Pessoas ao redor dos Estados Unidos estão cada vez mais usando cannabis como um tratamento para náuseas, desde pacientes com câncer tentando combater a náusea que se segue à quimioterapia até grávidas que tentam manter a comida no estômago meses antes do nascimento.
À medida que mais é descoberto sobre o sistema endocanabinóide, os cientistas estão cada vez mais perto de identificar exatamente por que a cannabis ajuda a reduzir a náusea.
A náusea é uma função necessária do corpo, usada principalmente para alertar o corpo de que algo que comeu pode ser venenoso ou podre e deve ser evitado agora e no futuro, ou que o corpo está passando por uma doença ou desequilíbrio e precisa de tratamento ou descanso. Por exemplo, a desidratação pode causar náusea porque o corpo está tentando enviar um sinal de que está desequilibrado e precisa de mais água.
Mas existem outros fatores, como movimento ou certos medicamentos, que também aumentam os sinais enviados ao cérebro pelo resto do corpo, muitos dos quais o cérebro interpreta como náuseas.
A cannabis, quando usada para tratar náuseas, não acalma o trato digestivo, mas sim controla e reduz os sinais que estão sendo enviados ao cérebro por certos receptores no sistema endocanabinóide. Este é o sistema do corpo que responde à cannabis, regulando diferentes coisas, incluindo apetite, memória e náuseas. O CBD e o THC têm como alvo diferentes receptores nesse sistema, com resultados diferentes.
A quimioterapia, por exemplo, pode acionar alguns receptores para enviar um sinal ao cérebro que diz ao corpo que está com náuseas. A cannabis, quando interage com o receptor CB1 no sistema endocanabinóide, pode reduzir alguns dos sinais que os receptores CB1 do trato digestivo enviam para o cérebro. Reduzir esses sinais, por sua vez, reduz náuseas e vômitos.
O CBD sintético, na forma dos medicamentos nabilona e dronabinol, é usado no tratamento de náuseas há vinte anos. Ambos os produtos são aprovados pelo FDA.
Matéria originalmente publicada no site The Fresh Toast e adaptada ao Weederia com autorização