Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização
Por Franca Quarneti
De acordo com um estudo pré-clínico realizado com roedores por pesquisadores do Uruguai, a cannabis pode ter efeitos reversos em alguns comportamentos relacionados ao autismo.
O projeto, denominado “Cannabis e autismo: caracterização, extração e efeitos em modelos animais e celulares”, é realizado pela Faculdade de Química (da Universidade da República) e pelo Instituto Pasteur de Montevidéu e financiado pela empresa Khirom Life.
Qual é o objetivo? Conhecer a incidência de canabinóides como terapia para tratar o espectro do autismo.
No momento, a pesquisa está em um estágio inicial, onde está sendo testada em roedores. Inés Carrera, co-gestora do projeto, explica: “Usamos roedores porque eles têm características comportamentais que lembram a patologia humana”.
Conforme relatado pelo Portal de Montevidéu, a equipe da Faculdade de Química caracterizou as variedades de cannabis, os métodos de extração dos componentes da planta e os tipos de canabinóides antes do início do estudo.
A este respeito, Carrera esclareceu: “Os efeitos de diferentes métodos de extração foram avaliados e os componentes e quais eram os canabinóides nesses extratos foram identificados. Aí esses extratos foram para fazer os testes biológicos”.
Segundo a especialista, os resultados do estudo são “muito promissores”, já que uma reversão em alguns comportamentos do tipo autista de roedores foi obtida como resultado preliminar com “extratos de apenas uma dessas variedades”.
Da mesma forma, o pesquisador da Faculdade de Química destacou a importância de saber qual a função que vai ser atribuída a um extrato de cannabis, já que vai depender de quais componentes serão utilizados.
Embora o estudo sobre cannabis e autismo ainda não esteja disponível ao público, a co-autora Inés Carrera fala sobre ele: