A Agência Mundial Antidoping deve manter a cannabis em sua lista de substâncias proibidas para 2023, de acordo com matéria publicada nesta segunda-feira, 12, no Wall Street Journal.
Após a suspensão da atleta Sha’Carri Richardson em 2021, que fez com que a atleta perdesse os Jogos Olímpicos de Tóquio, a Agência Antidoping dos EUA e alguns políticos norte-americanos pediram que a WADA, responsável por supervisionar os testes de drogas em esportes, realizasse uma revisão científica do status da cannabis na lista proibida.
E, segundo reportagem do jornal, ‘há fortes indícios de que a cannabis continuará proibida’ em 2023. O jornal destaca que o Grupo Consultivo de Especialistas em Listas Proibidas da WADA apoiou a manutenção da proibição, dizendo que, com base nas evidências científicas disponíveis, o medicamento atende aos critérios para inclusão na lista. Com isso, o grupo circulou uma lista preliminar para 2023 que ainda inclui a cannabis.
“O esboço da Lista Proibida de 2023 ainda está sendo considerado”, disse um porta-voz da WADA em comunicado. “O Comitê Executivo da WADA será solicitado a aprovar a versão final da Lista durante sua reunião de 23 de setembro, com a própria Lista sendo publicada em ou antes de 1º de outubro e entrando em vigor em 1º de janeiro.”
Em um comunicado enviado na sexta-feira, o porta-voz da WADA disse que “até o momento, nem as autoridades dos Estados Unidos nem a Agência Antidoping dos EUA solicitaram a remoção da cannabis da Lista Proibida”.
A maconha está na lista proibida da WADA desde que foi publicada pela primeira vez em 2004. A cannabis é classificada como substância de abuso na lista, aparecendo ao lado de cocaína, heroína e ecstasy.