Por Lucía Tedesco

A primeira colheita de cânhamo industrial ocorreu na Argentina esta semana. Esta planta havia sido proibida durante a última ditadura militar que ocorreu no país. Mas, depois de 50 anos, as primeiras plantas experimentais foram obtidas nas cidades de Chacabuco, Balcarce e Ferré, em Buenos Aires.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca informou que a Industrial Hemp Solutions (IHS), empresa que trabalha na Argentina para introduzir o cânhamo na indústria, concluiu a colheita. A IHS conseguiu inserir a genética no país graças à certificação concedida pelo SENASA (Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar) e INASE (Instituto Nacional de Sementes), segundo a BioEconomy. A importação de sementes se deve ao fato de que a Argentina não possui um banco de germoplasma para cultivo de cânhamo, embora tecnicamente possua um para cannabis.

Os objetivos do cânhamo industrial na Argentina

O secretário de Agricultura, Juan José Bahillo, disse de acordo com o referido meio que promoverão os cultivos de cânhamo para todos os seus usos legais, através da contribuição e inovação de diferentes organizações e universidades argentinas. De fato, a Universidade de Buenos Aires já realizou pesquisas relacionadas ao cânhamo, confirmou a presidente do SENASA, Diana Guillén.

Da IHS, o diretor de inovação, Maximiliano Baranoff, explicou que: “O objetivo é ‘encadear’ as indústrias e facilitar a transição para as novas economias em busca da criação de valor integral”. Desta forma, a empresa procura fomentar a economia regional, contribuir para a regeneração dos solos e gerar exportações.


Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização