Por Ulises Román Rodríguez 

A Cidade Autônoma de Buenos Aires abriu suas portas para o Museu Argentino do Cânhamo Industrial.

Um dia depois que o presidente argentino Alberto Fernández promulgou a Lei para a Produção de Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial, foi inaugurado o museu do Cânhamo no bairro portenho de Palermo.

Localizado na Rua Soler, 5662, o museu é um espaço para conhecer a história do cânhamo e os diversos usos dessa planta que, na Argentina, foi proibida desde 1977 pela Ditadura Militar.

Argentina: Inaugurado o Museu do Cânhamo
Argentina: Inaugurado o Museu do Cânhamo

O que há no museu

Ao entrar no museu, o visitante encontra material bibliográfico e depois uma planta que simboliza o cânhamo, que da raiz ao topo indica os diferentes usos desta subespécie de cannabis sativa.

Em seguida, nota-se a exposição de materiais têxteis como camisetas, mochilas, calçados e diferentes tipos de fios que podem ser desenvolvidos com esta planta.

Em outro setor está a parte medicinal, alimentícia e cosmética que o cânhamo também fornece.

Finalmente, uma viagem pela história da antiga Linera de Buenos Aires que chegou a produzir 200 hectares de cânhamo e com a qual foram construídas casas para seus trabalhadores.

Nesse mesmo setor, o visitante poderá ver de perto o material resistente que é produzido com o cânhamo e os óculos da marca Chanvre feitos por designers argentinos.

Argentina: Inaugurado o Museu do Cânhamo
Argentina: Inaugurado o Museu do Cânhamo

“Este museu é uma oportunidade de mergulhar na história de uma fábrica que faz parte do passado com o qual Manuel Belgrano sonhou, mas também de um futuro promissor de trabalho e produção para a Argentina”, disse Mariano Percivale, curador do museu, ao El Planteo.

Por sua vez, Paloma Sneh, uma das fundadoras do Museu, disse ao El Planteo que “o museu estará aberto a partir de junho às quintas e sábados a partir das 16h20, até às 20h00 com entrada franca.

Da mesma forma, Diana Barreneche, diretora do Museu, disse ao El Planteo que “este é um passo importante para aqueles que lutam pelo fim da proibição do cânhamo e por fazer parte de uma história que está prestes a ser escrita”.

Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização

Fotos por Ezequiel Rodríguez, de Cannábica Argentina