Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização
Por Franca Quarneti
No Nepal, país espremido entre a Índia e o Tibete, os ativistas da maconha lutam para que o cultivo, o uso e a exportação da maconha sejam legalizados. Eles até apresentaram um projeto de lei no Parlamento, embora o debate tenha sido adiado.

Durante as décadas de 1960 e 1970, o Nepal foi um paraíso para os hippies ocidentais, que foram atraídos pela grande disponibilidade da planta e suas raízes na cultura e religião do país.

No entanto, no final dos anos 1970, o Nepal foi pressionado pelos governos ocidentais para criminalizar a maconha e outros narcóticos.

Lute pela causa no Nepal

Agora, 50 anos depois, os ativistas da maconha conseguiram convencer alguns políticos da importância de sua causa. É o caso de Birod Khatiwada, ministro da Saúde e um membro poderoso da coalizão governista.

Conforme relatado pela AP News, Khatiwada declarou: “Estou tentando fazer disso uma campanha e um problema no Parlamento. Muitos países, incluindo os mais poderosos e desenvolvidos, permitiram o uso da maconha. A nova lei garantiria que o benefício não iria para um industrial ou um pequeno grupo de empresários, mas beneficiaria agricultores pobres que usarão seus pequenos terrenos para cultivá-lo”.

Além disso, Rajiv Kafle, um dos líderes da campanha, destacou que a luta mais urgente é a da cannabis medicinal.

“Exigimos a legalização da maconha no Nepal, em primeiro lugar, para fins medicinais para pacientes que estão morrendo”, afirmou.

Por sua vez, o referente apontou o benefício econômico que esta atividade pode representar para a região.

“Com o nosso baixo custo de produção e a vantagem competitiva que temos no mercado mundial de cannabis, com certeza vamos ganhar e isso vai mudar o país”, concluiu.

Qual é o status legal da maconha no Nepal hoje?

Atualmente, a lei nepalesa determina que quem possui cannabis, mesmo para uso pessoal, pode ser preso por um mês. Além disso, a distribuição e venda podem ser punidas com penas de até 10 anos de prisão.