Sha’Carri Richardson, uma das principais atletas de atletismo dos Estados Unidos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, testou positivo para o THC, a substância psicoativa presente na maconha, que é tida como doping quando utilizada durante as competições, e foi suspensa por um mês podendo perder sua vaga para os Jogos.

“Quero assumir a responsabilidade por minhas ações. Não estou procurando uma desculpa. No momento, estou apenas colocando toda minha energia para lidar com o que eu preciso lidar”, disse Sha’Carri à NBC. No Twitter, a atleta se manifestou com a mensagem: “sou humana”.

Ainda a NBC, ela explicou que conhecia as regras, mas seu uso de maconha foi um mecanismo de enfrentamento depois de descobrir que sua mãe biológica havia morrido.

“Todos nós temos nossas lutas diferentes, todos temos nossas coisas diferentes com as quais lidamos, mas para colocar uma cara e ter que sair na frente do mundo e colocar uma cara e esconder minha dor”, disse Richardson. “Quem é você? Quem sou eu para lhe dizer como lidar quando você está lidando com uma dor ou está lidando com uma luta que você nunca experimentou antes ou que você nunca pensou que teria que lidar. Quem sou eu para te dizer como lidar com isso? Quem sou eu para te dizer que você está errado por machucar? “

Richardson teria sido flagrada pelo uso de maconha em exame antidoping realizado na seletiva dos EUA para os 100m rasos, evento que aconteceu no Oregon – estado onde o uso de maconha por adultos é legal -, a qual ela venceu no último dia 20. 

Por conta da testagem positiva o resultado foi provisoriamente desqualificado e Jenna Prandini deve substituí-la. A norma prevê uma suspensão de três meses para este tipo de caso. Mas Sha’Carri teve a pena reduzida a um mês porque seu uso de cannabis ocorreu fora da competição e não estava relacionado ao desempenho esportivo.

A punição de Richardson começou no último dia 28 e irá terminar antes da prova dela nos Jogos de Tóquio.  Além disso, Sha’Carri fez índice para a Olimpíada em outros momentos e poderia participar da competição mesmo com o resultado da seletiva anulado. No entanto, a  federação de atletismo dos Estados Unidos tem como regra convocar os primeiros colocados da seletiva na qual a atleta foi desqualificada por conta do doping. A entidade ainda não se manifestou.