Por Franca Quarneti

Pesquisadores canadenses e americanos desenvolveram baterias de cânhamo, que são usadas para alimentar carros e ferramentas. Conforme relatado pelo Facts About CBD, os pesquisadores construíram as baterias a partir de polpa de cannabis cozida. E então eles o processaram em nanofolhas de carbono. O resultado: baterias “iguais ou melhores que o grafeno”, o padrão ouro da indústria.

Baterias de cânhamo: o lixo de uns é o tesouro de outros

O melhor de tudo é que esta invenção é sustentável e econômica, já que a polpa de cânhamo não é usada para a indústria têxtil e de construção e, portanto, geralmente acaba em aterros sanitários. A celulose de cânhamo custa entre US$ 500 e US$ 1.000 por tonelada, preço muito inferior ao do grafeno, que custa aproximadamente US$ 200.000 por tonelada. Se fizermos as contas, isso significa que a matéria-prima para produzir esse novo modelo de energia seria entre 200 e 400 vezes mais barata que a de uma bateria clássica.

Por exemplo, a pesquisa foi realizada pelo Dr. David Mitlin, da Clarkson University (Nova York) e apresentada no encontro da American Chemical Society em São Francisco.

“Estamos fazendo materiais semelhantes ao grafeno por um milésimo do preço, e estamos fazendo isso com resíduos”, disse Mitlin.

Ao contrário dos tradicionais, os supercapacitores (como são chamadas as baterias de cânhamo) podem descarregar rapidamente toda a sua carga. Portanto, são ideais para máquinas que dependem de rajadas de energia, como a frenagem regenerativa em carros elétricos.

Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização