O movimento de legalização da cannabis avança no continente africano. No Marrocos, a Câmara dos Vereadores aprovou o projeto de lei para legalizar o cultivo e comercialização de cannabis para uso medicinal e industrial, menos de duas semanas após ter recebido o sinal verde na Câmara dos Deputados.

Aprovado com 41 votos a favor e onze contra, o projeto é visto como positivo pelo ministro do Interior do país, Abdeluafi Laftit. Segundo ele, novas “oportunidades de desenvolvimento” devem ser abertas nas áreas de cultivo de cannabis no país africano.

Abdeluafi Laftit apontou para uma maior abertura da comunidade internacional sobre esta droga, após a aprovação para seu consumo e uso com fins medicinais em diversos países, e frisou que o cultivo ilícito de cannabis teve efeitos “catastróficos” na saúde e meio ambiente.

Ele afirmou que o Ministério do Interior realizou estudos de campo através dos quais destacou os efeitos catastróficos do cultivo ilegal de cannabis na saúde dos cidadãos, a poluição do solo e a erosão como resultado do desenraizamento das florestas e esgotamento do leito de água.

No que diz respeito às repercussões positivas na economia nacional em geral e no desenvolvimento local em particular, estes estudos mostraram que Marrocos tem qualificações para tirar bom proveito das oportunidades que os mercados globais oferecem para esta indústria, que apresenta elevadas taxas de crescimento.