Por Lucía Tedesco
A Procolombia, agência governamental que promove o turismo e o investimento estrangeiro, informou que no ano passado as exportações de maconha da Colômbia cresceram 100% em relação a 2021. As vendas de 13 empresas foram de de US$ 8,4 milhões.
Carmen Caballero, que é a presidente da agência, comentou que 58% das exportações são para a América Latina e Caribe. “É um setor que tem um potencial significativo na geração de empregos de qualidade”, destacou, segundo o comunicado de imprensa da Procolombia.
Os mais exportados foram extratos, sementes e remédios à base de cannabis, enviados principalmente de Bogotá, Cundinamarca e Antioquia. Por outro lado, os principais compradores foram Argentina (40%), Brasil (14%) e Austrália (12%).
O mercado de cannabis na Colômbia: conversamos com um especialista
El Planteo conversou com Lucas Nosiglia, especialista em negócios de cannabis com ampla experiência no ramo, que mora na Colômbia há 6 anos.
“A Colômbia hoje fornece à indústria nascente derivados de cannabis qualificados para os diferentes elos de produção”, explicou Nosiglia, que destacou que boa parte do crescimento das operações está subordinada aos países latino-americanos, embora a indústria nessa região esteja em um estágio inicial palco. No entanto, o especialista disse que os valores ainda são baixos, se comparados aos investimentos que vêm sendo feitos nos últimos anos: “Estima-se que a Colômbia tenha investido mais de US$ 500 milhões desde 2017”.
O marco regulatório da Colômbia é um dos mais completos internacionalmente, além da ampla gama de produtos que oferece, como extratos, sementes, destilados, isolados, produtos acabados como fitoterápicos e cosméticos. Mas o que determinará a criação de uma indústria sustentável, esclarece Nosiglia, será: “A regulamentação do uso adulto em nível local (que depende pura e exclusivamente da Colômbia), o crescimento das exportações de produtos, como flores de alta qualidade e a proteção que os países potencialmente exportadores dão à sua indústria local e aos seus produtores”.
Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização
