Por Franca Quarneti

No dia 19 de junho acontecerá a votação que definirá quem será o próximo presidente da Colômbia. O que pensam os candidatos Gustavo Petro e Rodolfo Hernández sobre a maconha?

As eleições de domingo, 29 de maio, posicionaram o esquerdista Petro como o vencedor com 40,3% dos votos, embora esse percentual não tenha sido suficiente para vencer no primeiro turno. Por outro lado, a surpresa veio da mão de Rodolfo Hernández, apelidado de “o Donald Trump colombiano”, que obteve 28,17% dos votos.

O que os candidatos à presidência da Colômbia pensam sobre a maconha?

Gustavo Petro: a favor da maconha

O político e economista era a favor da legalização. “A questão da maconha me parece estúpida mantê-la na clandestinidade”, disse Petro em entrevista à Semana.

E denunciou: “Os parentes de ex-presidentes fazem o negócio legal de exportação de maconha e, em vez disso, jogam bombas nos camponeses e seus filhos que produzem maconha em Cauca”.

“A possibilidade de exportação legal de maconha para fins recreativos e medicinais que ocorre por meio de licenças do governo nacional tem como beneficiários amigos do poder político na Colômbia”.

“Se a Colômbia não agir em conjunto, vai perder negócios”, concluiu o ex-prefeito de Bogotá entre 2014 e 2015.

Rodolfo Hernández: a favor da maconha

Por sua vez, o engenheiro civil e milionário Rodolfo Hernández deu sua opinião sobre a legalização das drogas em um tópico no Twitter.

O ex-prefeito de Bacaramango publicou uma série de vídeos curtos nos quais se pronunciava a favor da legalização da planta de cannabis e da cocaína.

“Fumar maconha já é liberado em muitos países. Mas aqui, onde produzimos a melhor, ainda estamos nas mãos da repressão”, sentenciou. “Mesmo nos Estados Unidos já está provado que o mais perigoso das drogas é a proibição”, continuou o candidato de 77 anos.

Além disso, Hernández destacou a idiossincrasia colombiana, assegurando que são “mais papistas que o papa” porque esperam que outros países se legalizem antes para não serem os primeiros, por “medo do que vão dizer”.

Sobre a cocaína, o “Donald Trump colombiano” afirmou: “O mundo avança, mas a Colômbia fica para trás, perdendo oportunidades de trabalho e progresso. E se continuarmos assim, um dia com a cocaína será a mesma coisa”.


Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização