No final de 2019 o Equador se tornou mais um país a dar avanços na legislação cannábica. O país descriminalizou o uso da maconha e a produção de cânhamo para fins medicinais e industriais, ambos com conteúdo de THC inferior a 1%, a partir do dia 21 de junho deste ano e, o Ministro do Exterior equatoriano acredita esta indústria poderá gerar milhares de empregos e de dólares.

– O cultivo e a industrialização da cannabis em nosso país podem ser promovidos pois, como é uma cultura de ciclo curto, podemos tirar proveito de 12 horas de sol por dia. Da mesma forma, temos solos altos e o clima ideal, disse Iván Ontaneda Berrú, Ministro da Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pesca do Equador ao site El Planteo.

Desta forma, o Equador poderá produzir cosméticos, alimentos, fibras têxteis e, de certa forma, criar um estímulo em sua economia.

– Se uma estrutura reguladora clara for estabelecida, é possível desenvolver a indústria do cânhamo no Equador, que tem um grande potencial em todo o mundo. O Equador tem potencial para pesquisar e desenvolver variedades de cannabis não psicoativa e cânhamo industrial. Estar no meio do mundo oferece vantagens nos solos para produzir esse tipo de cultivo. A posição solar fornece mais horas de luz e existem solos que contêm matéria orgânica, ideal para as plantas de cânhamo crescerem sem problemas. Somos um país com uma longa tradição agrícola e exportadora, com alto potencial agroindustrial, e é por isso que temos a experiência e a capacidade de desenvolver essa indústria, explicou Iván Ontaneda dixit.

No início do mês de maio o ministro já havia feito um post em sua conta no twitter se demonstrando favorável a indústria cannábica: ‘A indústria medicinal e industrial de cannabis é uma grande oportunidade para o país, gerará milhares de empregos e doláres’.

A lei prevê que ‘cannabis ou cânhamo não psicoativo, está excluída das substâncias listadas sujeitas a controle, desde que o teor de delta-9-tetra-hidrocanabinol (THC) seja inferior a 1% em peso seco, cuja regulamentação é de responsabilidade da Autoridade Agrária Nacional’ e passará a vigorar a partir do dia 21 deste mês