Por Maureen Meehan

O exército italiano está encarregado de cultivar e produzir maconha para fins medicinais de qualidade premium e usa nutrientes secretos para cultivar cannabis para aqueles que sofrem de doenças como câncer ou Parkinson.

O Exército italiano planeja produzir pelo menos 680 kg de maconha para cobrir quase a metade da quantidade necessária anualmente para atender às necessidades de cannabis medicinal do país.

“O próximo passo é a autossuficiência: essa é a nossa ambição”, disse Nicola Latorre, diretor da Agência Italiana de Indústrias de Defesa, que supervisiona as operações. Esta agência, dependente do Ministério da Defesa italiano, é responsável pela comercialização das empresas.

Também em 2023, o Exército pretende produzir azeite com infusão de cannabis, que os usuários poderão ingerir em gotas.

Itália: O primeiro mercado de maconha para fins medicinais na Europa

A Itália é um dos primeiros e maiores mercados de maconha para fins medicinais na Europa, com crescimento de dois dígitos nos últimos anos. No entanto, não foi capaz de atender às necessidades dos pacientes. Agora, o Ministério da Defesa tem o monopólio da safra doméstica em um esforço para aumentar a produção, o que está sendo feito em uma instalação do Exército de aparência anônima nos arredores de Florença, relata o Defense News.

Como o Exército não pode produzir tanto, a maconha ainda é importada da Holanda, Canadá, Dinamarca e Alemanha.

Por que o exército? Para experiência e eficácia

A Itália tenta ser o mais autossuficiente possível em pesquisa e produção médica, então o Exército pode parecer um candidato ideal neste caso. Afinal, ele está no ramo farmacêutico há décadas, produzindo antídotos para guerra química e pílulas contra malária para soldados.

“O que podemos fazer em Florença é produzir um produto altamente padronizado para que a dose seja invariável, ao mesmo preço que pagamos agora pelas importações”: é o que diz o Coronel Gabriele Picchioni, chefe da unidade inaugurada em 2014 e que a produção vem aumentando anualmente graças a mais salas de cultura.

Latorre observou que as atividades de sua agência facilitaram uma mudança crescente em direção ao envolvimento militar no setor de saúde pública. Isso ficou evidente durante a pandemia, quando militares do Exército montaram barracas para atender pessoas e transportar vacinas.

“A COVID nos fez ver como a saúde pública está ligada à defesa do país e sua segurança”, disse Latorre.

Matéria originalmente publicada no site Benzinga e adaptada ao Weederia com autorização