Ainda em estágio muito inicial e com o Projeto de Lei 399/2015 estacionado na Câmara dos Deputados, o mercado de maconha para fins medicinais no Brasil apresenta constante crescimento. De acordo com o relatório ‘Cannabis para fins medicinais’ da Kaya Mind, o mercado brasileiro deve girar cerca de R$ 40 milhões até o final de 2021, aproximadamente o dobro do que movimentou em 2020.

Os dados fazem parte do relatório ‘Cannabis para fins medicinais’, que analisa a situação atual do mercado no país e que será lançado no próximo dia 28 de setembro. 

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O relatório identificou que a cannabis para uso medicinal movimentou por volta de R$ 21,8 milhões em 2020, de janeiro a junho de 2021. O montante é praticamente o mesmo do ano todo de 2020, quando girou cerca de R$ 21,9 milhões em 2020.

A regulamentação do uso medicinal da cannabis no Brasil começou em 2015, quando a Anvisa permitiu a importação de medicamentos derivados da planta para uso próprio com prescrição médica. E, de 2015 até 2020, as solicitações de importação e renovação da licença para ter acesso aos medicamentos à base de cannabis cresceram 1780%. Além disso, mais de 34 mil pessoas são autorizadas pela Anvisa para fazerem a importação de remédios à base da planta.

Para chegar a estes números, a Kaya Mind mapeou 153 empresas que atuam direta ou indiretamente com a maconha para uso medicinal no país, 439 remédios à base da planta que estão disponíveis para importação via Anvisa, os gastos do SUS com o fornecimento desses medicamentos e as principais 26 condições.

O relatório ‘Cannabis para fins medicinais’ foi desenvolvido pela Kaya Mind com patrocínio da Gravital Clínica Canábica e da Cannect, e conta com seis capítulos completos que abordam a legislação brasileira, o uso medicinal e terapêutico da cannabis, perfis de pacientes e condições médicas, o tamanho do mercado atual, os entraves encontrados no mercado e também as principais tendências da indústria canábica. 

A metodologia utilizada é exclusiva da Kaya Mind, cruzando informações públicas e de banco de dados próprios, coletados por meio de pesquisas secundárias especializadas e órgãos governamentais. O relatório estará disponível no site da start-up gratuitamente.