Você provavelmente já deve ter lido notícias sobre o crescimento exponencial do mercado canábico. A expectativa é que a Cannabis medicinal atenda inicialmente 2 milhões de pacientes logo que seu uso seja regulamentado aqui no Brasil, gerando receita de R$ 1,9 bilhão. Após três anos de liberação, o mercado brasileiro pode atingir R$ 4,7 bilhões e atender a 3,5 milhões de pessoas.
Depois da decisão histórica da ONU de reclassificar a Cannabis, retirando-a de uma lista de drogas pesadas, como heroína e opiáceos, as empresas que trabalham neste segmento devem estar entusiasmadas, na expectativa de um futuro promissor.
Em terras norte-americanas, a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA representa outro fator a melhorar ainda mais essa expectativa e estimativa de crescimento no segmento da Cannabis medicinal. Acredita-se que, com a descriminalização, Joe Biden daria o próximo passo em direção a uma política federal de Cannabis legal.
Com mais países adeptos ao uso e com o investimento em Cannabis medicinal, o mercado global continuará a ser impulsionado. Embora as consequências da pandemia do coronavírus ameacem algumas indústrias, existe a expectativa de crescimento da Cannabis nos próximos anos.
Estima-se que o mercado de Cannabis cresça de 144 bilhões de dólares para 147 bilhões até 2027. Este é um ganho enorme (leia-se gigantesco) para uma indústria, que é considerada nova e ainda sofre muito preconceito em algumas partes do mundo.
Recentemente, novos países, como Tailândia ou México, entraram no noticiário. No México, o governo está a um passo de legalizar a Cannabis. A Câmara dos Deputados do México aprovou a legalização da maconha, o país liberará a substância para usos medicinal, científico, industrial e recreativo. Já a Tailândia se tornou a primeira parte na região asiática a utilizar a planta na indústria pessoal e de saúde.
É nítido que a Cannabis medicinal está ganhando impulso, que o segmento tetrahidrocanabinol (THC) ainda domina o mercado global de Cannabis, embora, de acordo com os pesquisadores, o mercado de Cannabis em CBD deva crescer de maneira mais rápida nos próximos anos. Mesmo com a pandemia do coronavírus, a demanda pela Cannabis cresceu significativamente em meio à crise.
O que se conclui é que, o mercado está florescendo e, se tudo correr bem, a Cannabis pode representar uma oportunidade real para empresas e investidores desse segmento. Hoje, as empresas de Cannabis do mundo todo já estão de olho no Brasil, pois com a regulamentação da Cannabis aqui, o país se tornou um mercado muito atrativo.
Neste sentido, as empresas que trabalham nos segmentos da Cannabis são, em sua maioria estrangeiras, oriundas do Canadá, Estados Unidos e de Israel. Ainda são poucas as empresas nacionais que trabalham nestes segmentos, mas também é clarividente o aumento do número de novas empresas. Dentre os segmentos mais atrativos estão a horticultura, companhia de bebidas, pesticidas e outros defensivos, biotecnologia que produz remédios, alimentação, gastronomia cannábica, produtos veterinários, cosmetologia, laboratórios, clínicas médicas, clínicas veterinárias, clínicas odontológicas, startups, aceleradoras de startups, farmácias, Associações, Instituições de Ensino, consultórios de advocacia.
Além disso, são muitas as profissões que emergem neste novo mercado, é essencial ter meios para se capacitar todas essas pessoas que estão sendo inseridas no mercado de trabalho.
Marina Gentil é advogada – OAB/SC 48.373 -, pós graduanda em Cannabis Medicinal e Diretora jurídica da Green Couple Assessoria.
Contato: Instagram: @greencoupleassessoria
