Por Franca Quarneti

No Paraguai, a legalização do cultivo e uso da cannabis começou a ser debatida no Congresso Nacional. Conforme relatado pela ABC, foi realizada uma audiência pública na qual se buscou elaborar um projeto de lei que possibilitasse o cultivo de cannabis por famílias camponesas no Paraguai.

Por exemplo, a convocação foi realizada por Óscar Salomón, senador que atendeu ao pedido dos líderes do Movimento de Resistência Camponesa.

Durante uma reunião em junho passado, Salomón recebeu flores de cannabis e produtos artesanais feitos com a planta, além de um pedido de audiência pública das entidades.

Enquanto isso, o debate contou com a presença de especialistas internacionais como Sergio Vázquez, do Ministério da Agricultura e Pesca do Uruguai; Pilar Milesi, especialista e assessora da cooperativa uruguaia Agronorte e Mercedes Ponce de León, empresária e pioneira do cultivo no Uruguai.

Além disso, o presente foi entregue por Augusto Vitale, primeiro diretor do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis do Uruguai (IRCCA) e Francisney Nascimiento, PHD em farmacologia e chefe de pesquisa da Universidade Unila do Brasil.

Cannabis camponesa no Paraguai

Em declarações coletadas pela ABC, Eulalio López, líder da comunidade de Agüerito, no departamento de San Pedro, comemorou: “É uma oportunidade para discutir e buscar soluções políticas em favor de nosso país”.

E acrescentou: “O Paraguai está perdendo oportunidades de negócios ao manter a repressão como política de Estado contra a maconha”.

Por sua vez, Juan Carlos Cabezudo, advogado, ativista e produtor de cannabis medicinal preso em 2021 por distribuir óleo entre pacientes, também se manifestou.

“Existe um direito estabelecido por lei de acesso gratuito a medicamentos de cannabis. Isso não está sendo cumprido e não podemos deixar de ficar atentos à necessidade de milhares de pessoas que precisam de óleo de maconha para tratar suas doenças”.

Da mesma forma, em entrevista anterior ao El Planteo, Cabezudo sustentou: “A maconha não pode ser industrial porque ainda não há indústria. Aqui, a maconha tem que ser camponesa, não pode ser corporativa.”


Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização