Recentemente o governo de Jair Bolsonaro se manifestou contrário a recomendações mais brandas da OMS para a maconha. Apesar de a OMS querer tirar a cannabis de uma categoria mais restritiva e universalizar o acesso, o governo emitiu nota dizendo que votará contrário na próxima reunião da Comissão de Narcóticos da ONU. E, uma das pessoas a defender esta postura foi Quirino Cordeiro, secretário nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, que em uma live nos últimos dias disse que a ‘maconha medicinal é um grande engodo’ e que a legalização das drogas é uma estratégia socialista.
– Existe na nossa sociedade uma resistência a liberação das drogas. O que se tem buscado esta liberação passo a passo. Uma estratégia é vender esta ideia de que a maconha é medicinal, todos os que estão nos ouvindo hoje já ouviram já, enfim, esta ideia de que a maconha é medicinal. O que é um grande engodo, uma mentira, uma falácia. Esta é mais uma estratégia de diminuir a percepção de risco na sociedade – disse o secretário, que é médico, em uma live com apoiadores.
Quirino deu declarações recentes justificando a postura do governo é baseada em normas técnicas e científicas. No entanto, nesta mesma live, disse ser obra do socialismo querer legalizar a maconha, mesmo ela sendo liberada para uso recreativo e medicinal em países como o Canadá e alguns estados norte-americanos. Claramente nada socialistas.
– Algumas décadas já, os movimentos de esquerda, principalmente os movimentos que usam as estratégias gramsciana, principalmente de ascensão ao poder, e de transformação socialista da sociedade. estes grupos vêm buscando a liberação das drogas, se valendo da disseminação das drogas como estratégia de implantação do socialismo esta estratégia gramsciana acaba buscando a liberação das drogas como estratégia para destruir o tecido social para destruir as estruturas da sociedade, os valores sob os quais a sociedade está edificada sob os valores judaicos cristão – destacou
Uma das recomendações da Organização das Nações Unidas é retirar o controle internacional sobre o Canabidiol (CBD). A organização também trata dos extratos e tinturas e quer excluí-los do Anexo 1 da Convenção de Narcóticos, o que possibilitará um comércio mais livre de derivados da planta e facilitaria o acesso aos remédios produzidos.