A Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape) firmou um termo de cooperação técnica com a Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica) onde os pacientes acompanhados pela entidade serão alvo de pesquisas clínicas por parte da instituição universitária. 

“Termos uma Universidade como palco para discussões e pesquisa acerca da cannabis mostra mais uma vez o protagonismo do Brasil nessa temática, impactando positivamente na melhora da qualidade de vida das pessoas e fazendo o mundo enxergar na planta uma matéria-prima que extravasa seus fins terapêuticos e alcança diversos outros produtos finais que podem beneficiar e muito nossa sociedade”, ressaltou a associação em nota no Instagram.

Cerca de 140 pacientes recebem da Agape assistência médica, farmacêutica, psicológica e jurídica necessárias para um tratamento seguro e eficaz. Com o acordo, eles serão monitorados pela UniEvangélica em seus diversos laboratórios e espaços de saúde. A Ágape também irá contribuir com o plano de ação para estudos de pós-graduação nas áreas de ciências farmacêuticas, movimento humano e reabilitação e ciências ambientais.

“Este termo de cooperação pode ser transformador. Estamos muito otimistas”, afirma o professor doutor Sandro Dutra e Silva, pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária da UniEvangélica ao jornal O Popular. 

Segundo ele, os primeiros estudos vão envolver a pesquisa clínica com os pacientes, mas ao longo do tempo certamente será criado um ecossistema de inovação tecnológica de saúde e terapêutica tendo a cannabis como foco. “E a Agape precisa disso para chancelar a ação de seus profissionais.”

A pesquisa com os pacientes na UniEvangélica envolverá a análise dos resultados de dois extratos, o rico em canabidiol (CDB) e o rico em tetrahidrocanabinol (THC), que são utilizados em tratamentos de neuropatologias, como convulsões, depressão, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson e diversas condições de saúde que afetam o sistema nervoso.