Por Franca Quarneti

Gustavo Petro, o presidente eleito da Colômbia, publicou seu plano de governo, e, nele, pretende que a cadeia de valor da cannabis receba um impulso especial durante seu mandato. O documento, que tem 54 páginas e aborda temas como o feminismo, a transição de uma economia extrativista para uma produtiva e o combate às mudanças climáticas, também faz referência à maconha.

Da mesma forma, o programa do governo sustenta que a guerra às drogas fracassou.

“O país precisa caminhar para um novo paradigma que combine vontades globais e latino-americanas em direção a uma agenda internacional baseada nos direitos humanos e na construção da paz, a transformação econômica dos ambientes produtivos sem criminalizar os produtores, a proteção da natureza, regulação, subjugação judicial de organizações criminosas e abordagem do consumo como problema de saúde pública”, destaca o plano.

Um plano de produção familiar e comércio internacional de cannabis

No que diz respeito à cannabis, o texto que traça os objetivos da nova gestão sublinha que receberá um impulso, ligando indústria e conhecimento. Além disso, buscarão diversificação nas áreas médica, têxtil e de alimentos, entre outras.

E, a partir do governo, vão priorizar os pequenos produtores: “A produção de cannabis e seus derivados terão um marco legal que favorece licenças e apoio técnico comercial às famílias produtoras, garantindo que os pequenos proprietários e cooperativas participem do mercado e que a comercialização garanta uma distribuição segura para o consumidor e uma importante arrecadação de impostos para o Estado”.

Por sua vez, “serão abertos espaços no comércio internacional com uma variedade de produtos derivados”.

E a folha de coca?

O documento não apenas enfatiza a planta de cannabis, mas também menciona a folha de coca.

“Os usos benéficos que os produtos derivados da cannabis e da folha de coca podem ter serão investigados”, diz.

Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização