Por Lucía Tedesco
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou que seu irmão e seu filho fossem investigados por corrupção. Ambos os réus negaram os crimes que os envolveram.
O Ministério Público da Colômbia emitiu nota sobre as denúncias envolvendo o filho do presidente, Nicolás Petro, que teria retido doações da campanha presidencial do pai. A outra acusação corresponde a Juan Fernando Petro, irmão do presidente e membro de uma rede de advogados e organizações encarregadas de levar a cabo as negociações de paz do governo em curso. Ele é suspeito de ter aceitado dinheiro de traficantes procurados.
As especulações começaram depois que Day Vásquez, ex-mulher de Petro Jr., deu uma entrevista na qual disse que seu ex-marido havia arrecadado grandes somas de dinheiro pelas costas do pai. Vásquez disse que os pagamentos vieram de contribuições de campanha, do narcotráfico e até de um empresário ligado ao crime organizado.
O que Petro disse sobre a possível corrupção de sua família
“Meu compromisso com a Colômbia e com os colombianos é conseguir a paz e quem quiser se intrometer nesse propósito, ou tirar vantagem pessoal, não tem lugar no governo, mesmo que seja da minha família”, escreveu Gustavo Petro, de acordo com Vice News. “Estou confiante de que meu irmão e meu filho podem provar sua inocência. Mas vou respeitar as conclusões da justiça.”
Apesar das declarações do presidente, Sergio Guzmán, diretor de Análise de Risco da Colômbia, disse a VICE World News que já havia sido informado das acusações no ano passado, o que significa que as investigações demoraram a começar. Guzmán está preocupado com o que pode acontecer com as negociações de paz como resultado disso e da queda da imagem do presidente: “Os grupos não vão querer negociar com um presidente impopular. O Congresso não vai querer ficar do lado de um presidente que é impopular.”
Petro fez campanha pelo fim da corrupção. No entanto, esta situação vai contra essa promessa, especialmente porque seu irmão, Juan Fernando, tem reclamações por ter se encontrado (ele ou seus associados) com membros de gangues presos que o pagaram para entrar no processo de paz e evitar a extradição.
Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização