Por Franca Quarneti

Na Costa Rica, o presidente Carlos Alvarado anunciou que vetou parcialmente a Lei de Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial que havia sido recentemente aprovada pela Assembleia e que permitia o cultivo e consumo de maconha pelos pacientes. Dessa forma, Alvarado rejeitou três artigos da lei que permitiam o autocultivo e o autoconsumo de cannabis medicinal pelos pacientes.

Sua intenção é apresentar uma série de mudanças para “fortalecer as capacidades de fiscalização institucional”, segundo DW.

As ‘razões’ por trás do veto parcial de Carlos Alvarado à Lei da Maconha Medicinal na Costa Rica

Seus argumentos? Que o autocultivo e o autoconsumo podem “abrir a porta para overdoses e cultivos para fins ilícitos” e que as autoridades não têm capacidade para controlar essas atividades. Entretanto, nas suas redes sociais, o presidente partilhou um vídeo afirmando que “apóia categoricamente” a cannabis medicinal e o cânhamo industrial e que quer “poder assinar esta lei”.

Além disso, em sua declaração, o presidente da Costa Rica disse: “Há quem queira apresentar isso como um duelo entre conservadores e progressistas. Isso não é tópico. Na verdade, se fosse, eu pessoalmente concordaria com a legalização da cannabis para uso recreativo, conforme proposto em outro projeto de lei. Mas se é isso que você quer, deve ser dito ao público e aprovado de frente.”


E acrescentou: “Mas, todos sabemos que não era este o objetivo com que esta iniciativa foi promovida e explicada. Este projeto específico foi promovido para aliviar a dor das pessoas e dinamizar a economia. Não deixemos que a atenção seja desviada desses objetivos.”

Em diálogo com La República, Silvia Hernández, presidente da Assembleia, declarou: “O que corresponderia neste caso é a eliminação dos artigos vetados, ou então obter 38 votos no Congresso para se opor ao veto do presidente”.
Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização