Um novo estudo realizado pela equipe da Washington State University descobriu que o CBD pode ser mais um aliado do tabagista na hora de parar de fumar. Os pesquisadores identificaram que o canabidiol inibe o metabolismo da nicotina. 

Durante a pesquisa, os cientistas testaram os efeitos do CBD e seu principal metabólito em tecido hepático humano e amostras de células, mostrando que inibiu uma enzima chave para o metabolismo da nicotina. 

Esta inibição faz com que o usuário de tabaco espere mais tempo antes de sentir a necessidade de fumar novamente. Assim, o CBD pode diminuir a vontade de fumar cigarro.

“Toda a missão é diminuir os danos causados pelo fumo, que não é da nicotina em si, mas de todos os carcinógenos e outras substâncias químicas que estão na fumaça do tabaco”, disse Lazarus, autor sênior do estudo publicado na revista Chemical Research in Toxicology. 

CBD e cigarro: Sobre o estudo

Os pesquisadores testaram o CBD e seu principal metabólito, ou seja, o que ele converte no corpo, 7-hyroxycannabidiol, em microssomos de tecido hepático humano, bem como em microssomos de linhas celulares especializadas que lhes permitiram focar em enzimas individuais relacionadas ao metabolismo da nicotina.

O canabidiol inibiu algumas dessas enzimas, incluindo a principal para o metabolismo da nicotina, identificada como CYP2A6. O impacto do CBD nesta enzima inibiu sua atividade em 50% em concentrações relativamente baixas de canabidiol.

“Em outras palavras, parece que você não precisa de muito CBD para ver o efeito”, disse Lazarus.

A equipe de Lazarus está atualmente desenvolvendo um estudo clínico para examinar os efeitos do CBD nos níveis de nicotina em fumantes, medindo os níveis de nicotina no sangue em comparação com fumantes que tomam um placebo ao longo de seis a oito horas. Então, eles esperam fazer um estudo muito maior sobre o CBD e o vício em nicotina.

Mais pesquisas são necessárias para confirmar esses efeitos em humanos e determinar os níveis de dosagem, mas essas descobertas são promissoras, disse Philip Lazarus, professor de ciências farmacêuticas da WSU.

Com informações da WSU