Maio é o mês das mães e, pensar no avanço da utilização da cannabis na medicina brasileira e não pensar nas mães, é impossível. Através da força delas é que o movimento da cannabis para fins medicinais no Brasil ganhou força, basta lembrar-nos do documentário Ilegal (para quem ainda não assistiu, eu recomendo).

A força e a união em busca de uma melhora para seus filhos fez com que as mães, praticamente, movessem montanhas. Por isso, neste mês, trarei a história de quatro mães que lutam por uma qualidade de vida melhor e pela ampliação do tratamento à base de cannabis.

Minha primeira convidada é a Rita Nunes. Rita é casada com Fabrício, mãe da Geziele, de 17 anos, e do Moisés, com 14, autista nível 2. O caçula de Rita foi diagnosticado aos 7 anos, mas a investigação começou aos 3 anos e meio de idade. 

Moisés foi diagnosticado aos sete anos com autismo
Moisés foi diagnosticado com autismo aos sete anos

A luta de Rita por Moisés

Moisés começou a usar fármacos para controle da agitação e irritabilidade desde os 5 anos de idade, (Neuleptil, Carbamazepina, Risperidona e Ritalina), e eu sempre tive muito temor pelo futuro do meu filho, que, apesar das medicações que usava, só apresentava mais comprometimento do quadro do autismo.

Chegamos a ter uma mudança muito boa com as terapias, entre os 7 e 9 anos de idade, mas ainda fazia uso de fármacos. Então, em 2019 eu comecei a participar de grupos de mães de autistas no WhatsApp, que narravam casos de surtos sucessivos de autistas cujas medicações já não faziam efeito, além do comprometimento na adolescência e vida adulta, já sem nenhuma autonomia e funcionalidade, e aquilo me aterrorizava, e eu queria uma saída para que meu filho não chegasse àquele estado em que eu via esses autistas. Começou, então, a minha procura por algo natural.

Pesquisei sobre os florais, eu até cheguei a iniciar com os óleos essenciais, mas não obtive o resultado que eu buscava. Iniciei com a vitamina D, mas eu ainda queria algo que pudesse ser o tratamento dele para a vida toda e que fosse natural.

Eu sempre tive ressalvas sobre o uso da Cannabis, mas, então, comecei a ler relatos do uso com muito sucesso, sobretudo no autismo com comorbidades associadas, em especial as crises convulsivas. Não era o nosso caso, mas eu continuei pesquisando sobre o tratamento para o que eu desejava tratar no meu filho, que era a comunicação, a interação social, e a iniciativa em estabelecer diálogos e narrar eventos. 

Foi então que eu conheci o Canabidiol da Usa Hemp através da Nice, comecei a divulgar o trabalho dela e abordar temas para descriminalizar o uso da Cannabis para fins medicinais. Continuei minha busca por informações para tratar o quadro do meu filho e, em Outubro de 2021, fiz uma consulta com a Dra Amanda Medeiros, e ela, após fazer a análise do histórico medicamentoso e do quadro clínico do meu filho, fez a prescrição para o uso do Canabidiol, então iniciamos o uso no mês de Dezembro, após todo processo de importação.

Quebrando preconceitos

No início, eu não tive medo. Medo, não. O que eu tinha antes era preconceito. Mas, com conhecimento, passei a ver o canabidiol como uma alternativa natural que não oferece riscos ao meu filho.

Além de ser natural, não causar efeitos colaterais e efeito rebote, hoje não precisamos mais fazer uso de fármacos, e meu filho está evoluindo muito bem. Somos doutrinados para acreditar que o Canabidiol é a última opção, por se tratar de uma droga, quando na verdade ele deveria ser a primeira opção, uma vez que droga é o que se vende na farmácia.

E com isso mudou muita coisa na minha vida. Para mim, como mãe, que vivia sempre em suspense quanto ao futuro incerto do meu filho no autismo, com medo do comprometimento progressivo das funções de comunicação, interação social, funcionalidade e autonomia, hoje eu estou com meu coração descansado em relação ao futuro dele.

Hoje ele participa dos diálogos da casa, comunica melhor suas necessidades e sentimentos, consegue narrar o que acontece na escola, onde passa o período vespertino, entende completamente as solicitações que lhe fazemos. Antes do tratamento ele só entendia frases curtas e muito bem articuladas, sempre olhando nos olhos dele. 

Hoje ele entende tudo que lhe falamos, ainda que estejamos de costas para ele. Além disso, ele não fica semanas a fio assistindo ao mesmo desenho, nem tem mais crises, estereotipias, ecolalias com a frequência de antes, e não tem mais crises sensoriais.

A qualidade de vida da família melhorou muito. Não tem mais o choro frequente, nem as repetições que causavam muita irritação em todos. Hoje, Moisés, possui uma vida muito melhor.

Mães guerreiras

Hoje o papel das mães é de extrema importância, é com a mãe o primeiro contato de cada ser humano e ninguém é capaz de fazer uma leitura tão assertiva e eficaz de um ser humano que é observado desde dentro de seu ventre, como as mães. Como bem disse Abraham Lincoln: “A mão que balança o berço é a mão que governa o mundo”.

Hoje desejo que a cannabis seja descriminalizada e acessível a todos os que sofrem e são reféns de fármacos que adoecem e não curam, que tratam os sintomas, mas não tratam a causa. Que caiam todas as falsas narrativas políticas e mentirosas para criminalizar o que, hoje, eu considero a farmacopéia que Deus presenteou a humanidade, a santa Cannabis.


Mães, não tenham medo! É o futuro de nossos filhos e da nossa saúde emocional e psicológica que está em jogo. Pesquisem, busquem profissionais que verdadeiramente amem a causa da vida humana, não apenas o dinheiro que podemos pagar. Se os profissionais que assistem seus filhos não são favoráveis à cannabis, não fiquem reféns deles, procurem outros que possam fazer a análise do quadro clínico do seu filho e possam elucidar para você como a cannabis pode atuar para melhoria do quadro dele. 

Hoje eu tenho paz dentro da minha casa, hoje eu tenho liberdade de ir onde necessito, porque sei que meu filho está bem, está estabilizado, sensorialmente organizado e as perspectivas para o futuro são ainda melhores. 

Mães de autistas, não deixem o tempo passar. Existem médicos prescritores em todo o Brasil, que atendem por Telemedicina e podem orientar você, busquem urgentemente essa alternativa natural para cuidar de seus filhos, pois com o desenvolvimento e autonomia, não se negocia.

Desejo, de todo coração, para vocês a paz que eu estou vivendo no autismo moderado do meu adolescente.

Canabidiol é vida! Vida com qualidade! Vida com perspectiva!

Com médica, eu fico muito feliz ao ver a evolução do Moisés. E, também, muito contente com a confiança que a Rita depositou em mim. Espero que, com este belo testemunho da Rita, outras mães também possam ter acesso aos benefícios medicinais da cannabis.

Conheça a Dra. Amanda Medeiros

Amanda Medeiros Dias

Dra. Amanda Medeiros Dias (Crm 39.234 PR) é médica com pós-graduação em pediatria e nutrologia pediátrica e, atualmente, está cursando Psiquiatria Infantil pelo CBI Miami. Possui Certificação Internacional Green Flower de Medicina Endocanabinoide.

Com experiência na prática clínica com crianças e adultos, visão integrativa olhando o paciente como um todo, possui experiência prática mesclando medicina com aromaterapia e cromoterapia, com foco na visão holística. 

Além de prescritora, é paciente de cannabis medicinal desde 2018. Também é diretora técnica no Instituto Coração Valente e médica voluntária em projetos da UNA (Unidos pela Amazônia).

Para entrar em contato com a Dra. Amanda Medeiros:

Instituto Coração Valente

E-mail: contato@institutocoracaovalente.com.br

Telefone – (41) – 99725-1582

Clínica Gravital

Siga a Dra. Amanda também no Instagram

O que você quer saber sobre medicina canabinoide? Nos envie a sua dúvida pelo e-mail contato@weederia.com.br com a sua pergunta!