Por Javier Hasse

Um estudo recente revelou que os adolescentes que vivem em áreas com dispensários de maconha medicinal tendem a usar menos maconha do que aqueles que vivem em áreas sem esses estabelecimentos. Essa descoberta, derivada de uma pesquisa realizada pela Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, oferece uma nova perspectiva sobre o debate em andamento em torno da influência dos dispensários de maconha medicinal no uso de maconha entre os jovens.

A pesquisa, que incluiu dados coletados em 2018, mostrou que 18,3% dos jovens que vivem perto de dispensários admitiram ter usado maconha nos últimos 12 meses. Em contrapartida, o percentual sobe para 22,4% entre os que residiam em áreas sem dispensários.

Para realizar o estudo, foram tomados como amostra mais de 10.560 jovens que participaram do Illinois Youth Survey 2018. Ele foi realizado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para Prevenção da Universidade de Illinois.

Doug Smith, diretor do centro, comentou: “A boa notícia é que parece que a presença de clínicas médicas em Illinois não teve um impacto imediato nas taxas de uso de substâncias entre os adolescentes. Na verdade, descobrimos que, em toda a amostra, aqueles que vivem em um CEP com um dispensário eram menos propensos a usar maconha nos últimos 30 dias ou um ano”.

Estes resultados são especialmente relevantes no contexto atual, onde a legalização da maconha medicinal e do uso adulto é um tema cada vez mais presente na agenda política e social. O estudo traz uma nova dimensão ao debate, sugerindo que a presença de dispensários de maconha medicinal pode não ter o impacto negativo que alguns temem sobre o uso de maconha por adolescentes.


Matéria publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização