Por Lucía Tedesco

A cannabis é segura e eficaz no tratamento da dor do câncer. Isso foi confirmado por uma equipe de investigação composta por irlandeses, canadenses e americanos.

O estudo foi publicado na revista BMJ Supportive & Palliative Care. Foram 358 pacientes pesquisados ​​por três anos. A idade média foi de 57 anos, com uma proporção de 48% de homens para 52% de mulheres. Da mesma forma, os tipos de câncer que prevaleceram entre os pesquisados ​​foram o geniturinário, o de mama e o intestinal.

“Nossos dados sugerem um papel para a cannabis medicinal como uma opção segura e complementar de tratamento em pacientes com câncer que não obtêm alívio adequado da dor por meio de analgésicos convencionais, como opioides”, escreveram os autores do estudo, de acordo com a revista High Times. 

A equipe de pesquisa veio do Royal College of Surgeons (Dublin), do Medical Cannabis Program in Oncology no Cedars Cancer Center no Canadá, da McGill University e da Harvard Medical School.

Analgésicos e opioides são comumente prescritos para aliviar doenças. Mas não são suficientes, pois, mesmo usando-os, os pacientes sentem dor.

O que os pesquisadores fizeram foi fornecer cannabis medicinal rica em THC para um quarto dos participantes do estudo. Por outro lado, 17% da amostra receberam formulações com maioria de CBD e 38% receberam uma mistura balanceada de ambos os compostos.

Os participantes foram entrevistados uma vez a cada três meses durante um ano. Os resultados dessas pesquisas mostraram que houve uma redução significativa na dor. Da mesma forma, a formulação mais eficaz foi aquela que continha THC e CBD em partes iguais.

Além disso, a quantidade de analgésicos usados ​​para a dor foi reduzida e os produtos à base de cannabis eram bem tolerados pelos pacientes. Houve apenas 2-3 casos de fadiga e sonolência.

O grupo de pesquisa sugeriu fazer mais estudos a esse respeito. Por um lado, para confirmar os achados por meio de ensaios randomizados controlados por placebo. Por outro, compreender os benefícios e riscos em crianças e jovens.

Matéria originalmente publicada no site El Planteo e adaptada ao Weederia com autorização